Olá fanáticos de plantão! 👋
Passando aqui para avisar, mesmo na sinopse já deixando alerta de gatilhos. Essa história se passa após os acontecimentos de You can call me monster e saberemos um pouco o que aconteceu com uma das garotas, desvendando alguns mistérios. Estava com essa ideia há tempos e finalmente coloquei em prática. Novamente avisando que a histórias tem gatilhos de violência extrema, que não recomentado para menores de 18 e pessoas sensíveis, mas se for ler, vai por sua conta em risco.
Apreciem com moderação!😘
[...]
Abri meu email a fim de finalmente receber o resultado do sorteio, o qual me inscrevi. Desde que me casei, a única coisa que tive foi trabalho e mais trabalho e sequer tivemos uma lua de mel decente. Não, dessa vez eu estava disposta a tirar umas férias e levar meu homem para um lugar legal.
O sorteio para uma ilha perto de Fernando de Noronha caiu como uma luva, pois iríamos ter nossa lua de mel totalmente paga — só precisávamos arrumar as malas e viajar. Merecíamos um pouco de mimo, principalmente KyungSoo, que vivia dia e noite trabalhando em seu restaurante; o homem não tinha mais vida.
Juntei as mãos em súplica antes de abrir o email, ao fazer isso, saltei da cadeira de alegria, gritando igual uma maluca. Kyung precisava saber daquela novidade, então peguei o celular em mãos e corri até o restaurante para contar a novidade. Nós morávamos em cima do estabelecimento, pois de acordo com meu querido marido, era econômico.
O fluxo de clientes estava devagar naquela hora do dia, então Kyung talvez não estivesse tão ocupado. Por isso que quando entrei na cozinha saltando, os funcionários me olharam um tanto assustados.
— Kyung!!! — saltei em sua frente, fazendo ele recuar com uma frigideira.
— Onde é o incêndio, mulher?
— Nada de incêndios, mas sol, praia e água de coco, meu bem! — respondi eufórica e ele ficou confuso, porém ergui o aparelho celular, mostrando o email. — Acabamos de ganhar uma viagem de lua de mel!! — Fiz uma dancinha e Kyung deu uma risadinha.
— Viagem de lua de mel? Mas já nos casamos há tanto tempo. — Bufei balançando a cabeça em negativa.
— Mas não tivemos lua de mel! — Virei para o auxiliar de cozinha, que era o mais antigo e um senhor de seus quarenta e oito anos. — Senhor Augusto, põe juízo na cabeça do seu chefe! — Fiz um muxoxo e o homem mais velho riu.
— Uma coisa que eu aprendi em meus vinte anos de casado, chefe, é que uma mulher infeliz, é um homem infeliz. — O mais velho respondeu e Kyung virou-se para me encarar.
— Me faria infeliz mesmo?
— Faria da sua vida um inferno, se possível! — KyungSoo esfregou as têmporas e soltou um suspiro alto.
— Ok então! — Soltei outro gritinho feliz e beijei seu rosto, saltando para fora do restaurante, pronta para organizar tudo.
Iríamos viajar dois dias depois e preparei tudo, olhando o itinerário para as atividades, os eventos que iríamos e quais roupas combinariam com cada dia. Escolhi meus melhores biquínis e os que usaria somente para provocar KyungSoo. Desde que ele voltou para mim, Kyung tornou-se um homem mais carinhoso e mesmo que fosse quieto na maior parte do tempo, sequer agia como o maníaco de antes — como se fosse um outro homem.
Não importava muito para mim, pois o amava mais do que tudo e nosso casamento era perfeito. Quando estávamos na frente das pessoas, éramos um casal bem conservador, comportado e decente, porém, dentro das quatro paredes do nosso quarto, eu gritava como uma louca quando ele estava no meio das minhas pernas. Nunca fui tão feliz.
Estava muito feliz de termos aquele tempo só nosso, para descansar e se divertir um pouco sem preocupações com trabalho. Mal dormi na noite anterior da viagem, verificando se tudo estava nos conformes e quando entrei no avião, minha felicidade só aumentou.
— Nem acredito que vamos ter uma lua de mel decente! — falei animada, então Kyung pegou minha mão e a beijou com carinho. — Kyung, eu te amo muito! — sorri em sua direção e ele retribuiu.
— Não mais do que eu te amo! — novamente beijou minha mão.
[...]
Cobri a boca para abafar um riso quando o casal safadeza sentou na nossa mesa. Helena, uma mulher muito legal e gestante (também estava aproveitando uma lua de mel antes do bebê nascer) compartilhou comigo a mesma vontade de rir. O casal em questão era muito jovem e em uma conversa que tivemos no primeiro jantar na ilha, os dois foram privados quando namoravam, então depois de casados, colocaram toda libido para fora.
Eu lembrei que não consegui pregar os olhos com os dois a noite toda gemendo e batendo a cama contra a parede. Quando olhei para Kyung do lado, ele usava fones de ouvido na altura máxima — seu segredo para não ouvir as desgraceiras daqueles dois.
Aquela viagem estava sendo bem divertida com os novos amigos, o casal Helena e Tiago eram mais calmos, seriam pais em breve e estavam curtindo a lua de mel antes da chegada do bebê. Já o casal Vanessa e Rubem, estavam curtindo a lua de mel de recém casados, enquanto eu e Kyung só queríamos uma folga de todo trabalho.
Fizemos muitas atividades ao longo daqueles três dias e estávamos na mesa do café da manhã planejando uma volta de jetski, enquanto o casal safadeza planejavam sexo nas cachoeiras. Soltei uma risada alta ao ouvir os planos deles, enquanto Helena balançou a cabeça em negativa, ultrajada.
— Tu tá embuchada, mulher! Foi feito como, pela providência divina? — Vanessa rebateu ainda grudada ao marido.
Tiago engoliu o pão em seco, ficando vermelho e KyungSoo quase cuspiu o café contendo a risada.
— E vocês dois, não planejam ter filhos? — Recebi atenção de Vanessa e os demais olhos se voltaram para mim e Kyung.
Para falar bem a verdade, se fosse antes de tudo que aconteceu entre nós, sim, eu desejava ser mãe um dia, porém depois do que se deu e todo o sequestro, aquele desejo ficou distante. KyungSoo era um marido carinhoso e atencioso — havia mudado da água para o vinho, no entanto, a raiz da sua maldade ainda estava lá e eu fui corrompida, então colocar uma criança no mundo parecia arriscado demais para mim.
— Não acho que seria uma boa mãe. — Respondi e olhando rapidamente para Kyung, ele me encarou com uma expressão estranha.
— Não seria uma boa mãe? — dessa vez foi Helena que questionou. — Fanny querida, não imagino uma mãe mais doce e amorosa como você! Além do mais, a junção dos dois daria um bebê lindo! — concluiu sorrindo e retribuí, mas KyungSoo tinha mudado completamente, ficando mais sério.
Seria seu lado cruel voltando?
Não quis pensar naquilo e esperei em algum momento que questionasse, esse questionamento não veio.
Em meio a conversa com pão e café, virei a cabeça para o lado e percebi que duas das mesas estavam vazias. Lembrava bem que no dia anterior haviam quatro pares de casais nas refeições, porém até aquele horário do dia nenhum deles apareceu.
Estranho!
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Nada é o que parece (Spinoff You can call me monster) CONCLUÍDO
HorrorApós os acontecimentos de You can call me monster, Fanny e D.O decidem viver suas vidas felizes. Ele gerenciava um restaurante no centro de Belém, enquanto Fanny trabalhava como modista e ela por sua vez, inscreveu o casal para um sorteio de uma via...