- GENTE, precisamos achar essa coroa o mais rápido possível- eu disse, ainda na mesa de café da manhã.
- Calma Tommy, nós acharemos essa coroa- disse Vanessa, tentando me acalmar, mas sem sucesso.
- Mas por onde vamos começar?- eu perguntei, desesperado.
- Já sei, eu e Vanessa vamos ver se foi deixado algum vestígio, enquanto Tommy verifica quem veio pra festa pela lista de convidados que eu e Vanessa fizemos- disse Jane- Vanessa entregue a lista pra ele.
Eu fui pra uma escrivaninha que tinha na sala e analisei com cuidado todos as pessoas que vieram em minha festa surpresa. Enquanto analisava a lista, Vanessa veio correndo e disse:
- Gente, vocês não sabem o que eu encontrei.
- O quê?- dissemos eu e Jane, ansiosos.
- Encontrei esse anel. O único problema é que ele pode ser tanto de menino, quanto de menino, porque é um daqueles pretos que podem ser usados em meninos e meninas. Vocês se lembram de alguém que estava usando esse anel.
- Infelizmente não - disse Jane.
- Quando voltarmos às aulas, na segunda, temos que ver aluno por aluno, dedo por dedo de cada um, pra ver se cabe em algum deles- eu disse.
- Tommy, você que é bom de matemática, pega uma fita métrica e tenta medir esse anel, pra ver se o tamanho é de um dedo de menina ou menino, enquanto eu e Vanessa vasculhamos o resto da casa- disse Jane.
- Ok- dissemos eu e Vanessa.
Peguei uma fita métrica numa gaveta na escrivaninha da sala e medi, precisamente e com sucesso, depois de certo tempo, o anel.
- ACHEI- gritamos eu e Jane ao mesmo tempo, com ela descendo as escadas.- O que você achou- dissemos eu e ela juntos novamente.
- Fala você primeiro Jane- eu disse.
- Ok. Eu estava vasculhando lá em cima, até que eu achei essa pulseira perto do cofre da coroa, e, pelo visto, é de menina!- exclamou Jane.
- Que coincidência!- exclamei- Consegui achar as medidas desse anel, e parecem ser de uma menina. A probabilidade maior é que esse dedo seja baseado no tamanho do dedo de uma menina, mas, existe uma probabilidade menor de ser de um menino com o dedo pequeno.
- Se a teoria de Tommy estiver certa, e o anel for de um menino com o dedo pequeno, talvez tenha sido uma dupla, um menino, e uma menina, o que explica a pulseira- disse Vanessa.
- Faz sentido- eu disse.
- É, mas, na minha opinião, devíamos continuar com a teoria de que o anel e a pulseira são de uma só pessoa, ou seja, de uma menina- disse Jane.
Eu e Vanessa concordamos com Jane. Passamos a tarde inteira e um pouco da noite investigando e não chegamos a nenhuma conclusão, então fomos dormir. Dessa vez, não ficamos conversando, pois estávamos muito cansados.
DIA SEGUINTE:
Levantamos da cama e fomos tomar café da manhã. Todos nós (eu, Vanessa, Jane, minha mãe e meu pai) estávamos com a maior cara amassada e cansada.
- Não consegui dormir hoje, você conseguiu Norman?- perguntou minha mãe.
- Não. Fiquei pensando na coroa a noite toda- meu pai respondeu.
- Aí meu Deus, o que vamos fazer Norman?- perguntou minha mãe- Essa coroa foi da minha pentavó, Maria Leopoldina, que foi imperatriz do Brasil, ao lado de Dom Pedro I.
- Calma Mirela, vamos achar a coroa, custe o que custar- disse meu pai, tentando acalmar minha mãe.
- É mãe, nós vamos achar- eu disse.