Capítulo 2: Os Alunos Novos

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QUANDO eu, Vanessa e Jane chegamos na sala de aula e nos sentamos um ao lado do outro, como sempre fazíamos. Quando o professor de Geografia, Sandro, chegou na sala com um garoto, que parecia ser bem sociável e extrovertido e uma garota, parecia inteligente e meio introvertida, falou:
- Pessoal, esses aqui são os novos alunos, Mike e Layla. Gostariam de se apresentar?

- É... meu... nome é...- Layla tentou falar.

- Pode deixar que eu falo. Oi gente, Men nome é Mike. Vim pra cá porque minha família acabou de se mudar para o Rio de Janeiro. Aliás, esse estado é bem bonito, não sei como nunca viajei pra cá- disse Mike, bem animadão, como se já fosse daqui.

- Será que eles são gente boa, a ponto de vir andar com a gente?- indagou Jane.

- Não sei. A Layla parece ser gente boa, mas esse Mike... Não sei não- eu disse.

- O único jeito de saber é indo falar com eles. Vamo lá?- disse Vanessa.

Eu e Jane concordamos, e, na hora do recreio fomos falar com eles. Começamos com Mike.

- E aí Mike, tudo bem?- Vanessa disse.

- E aí? Tudo, e com vocês?- ele respondeu.

- Tudo bem com a gente também. - respondeu Jane.

- Que bom. Como são seus nomes?

- Eu sou o Tommy.

- Eu sou a Jane.

- Eu sou a Vanessa.

- Prazer em conhecê-los- disse Mike.

- O prazer é todo nosso- disse Jane.

- Vocês parecem ser bem legais. O que acham de sermos amigos?- Mike peguntou.

- Por mim tudo bem- disse Jane.

- Por mim também- disse Vanessa- E você Tommy?

- Por mim tudo bem também. Então, amigos?- eu disse.

- Com todo o prazer, Tommy- disse Mike.

Fomos atrás de Layla. Procuramos pela escola inteira, mas não achamos. Então, desistimos e fomos pra sala. Quando chegamos lá, nos deparamos com ela, escrevendo algo em seu caderno. Quando chegamos mais perto, vimos que ela estava fazendo algum tipo de resumo, que aparentava ser de Geografia. Percebeu-se que ela tinha um letra bem bonita, e o título, uma maravilha.

- Oi Layla- dissemos nós três em coro.

- O... Oi pessoal. Tudo bem... com... vocês?- ela perguntou, bem tímida.

- Sim, e com você?- eu disse.

- Tu- tudo bem comigo. O que vocês querem comigo, sou só uma nerd que ninguém quer falar.

- Não diga isso Layla. Nós viemos aqui saber se você não queria ser nossa amiga- eu disse- E aí aceita?

-Claro, mas, quais são seus nomes?- ela perguntou.

- Eu sou Tommy.

- Eu sou Vanessa.

-Eu sou Jane.

Íamos perguntar qual era o número de telefone de Layla, mas o professor chegou bem na hora. Então, pegamos o número de telefone de Mike e Layla na hora da saída e fomos embora juntos. Sugeri que nós cinco fossemos para a minha casa. Vanessa, Jane e Mike disseram que sim, mas Layla recusou o convite, pois disse que tinha que estudar.

Quando abri a porta de minha casa, me deparei com todas as pessoas da minha sala na sala da minha casa. Havia uma mesa com brigadeiros, beijinhos, salgados, refrigerantes, sucos, água e um bolo gigante. Aparentava ser uma festa de aniversário, e se fosse, para mim.

- Mas o que é isso? MÃEEEE- eu gritei.- O que é isso. Você não disse que você e o papai estavam economizando para minha festa especial de 15 anos, no ano que vem?

- Então meu filho, a Jane, a Vanessa e eu conversamos e elas disseram que queriam muito que eu e seu pai fizéssemos uma festa para você. Eu até disse que estávamos economizando para o seu aniversário de 15 anos, mas elas disseram que já tinham feito as contas e que pagariam tudo que você está vendo com suas mesada. Eu não vi problemas, apesar de falar que não precisavam fazer isso, mas, elas insistiram tanto, e eu acabei cedendo. E aí meu filho, gostou?

- Se eu gostei? Eu amei! Muito obrigado meninas, vocês são e sempre serão minhas melhores amigas!- eu disse.

Nós três demos um abraço bem apertado. Logo depois, Mike se juntou ao abraço, como uma forma de dizer que também poderia ser um dos "melhores amigos".  Depois de terminado o abraço, fomos dançar no ritmo da música, que era um rock, do jeito que eu gostava. Em certo momento da festa, chamei Vanessa e Jane em um canto e perguntei por que todo mundo da sala estava lá, se eu não era amigo de quase ninguém. Elas disseram que, além de se divertir, o intuito da festa era que eu fizesse algumas novas amizades. Acabei ficando amigo de Lucas, Mateus e Murilo. Queria que Layla estivesse lá.

Em certo momento, Jane chegou em mim e disse:

- Tommy, eu não sei se deveria achar isso estranho, mas, eu estava tomando um refrigerante em um canto da casa perto de uma janela e me assustei quando vi um vulto passando bem rápido, como se tivesse fugindo de algo. Deveria achar isso estranho, ou não devo me preocupar?

- Claro que não Jane, deve ser só o vizinho com pressa pra ir pro trabalho. Aquele ali, vive com pressa.

- Sendo assim...

Como era uma sexta, a festa durou até, mais ou menos, 23:00 horas. Vanessa e Jane perguntaram para os seus pais se poderiam dormir na minha casa. Por sorte, eles deixaram. Minha mãe disse pra não demorarmos para dormir, mas é óbvio que não obedecemos. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias e pegamos no sono, mais ou menos, 4:50 da manhã. Acordamos, mais ou menos, às 9:00 da manhã. Fomos para a mesa fazer nosso café da manhã. Íamos comer uns restos do meu bolo de aniversário, mas minha mãe gritou e foi até a sala.

- Tommy, meu filho, a coroa, SUMIU!

- O QUÊ?!- eu gritei.

- MEU DEUS! A COROA!- disseram Jane e Vanessa, em coro.

- Peraí, elas sabem da coroa?- minha mãe perguntou.

- Sim. A senhora sabe que eu conto tudo pra elas- respondi.

- Fique calma dona Mirela, tenho certeza que você vai achar a coroa.- disse Vanessa.

- Ai meu Deus, o que eu vou fazer agora. Norman, Norman, pelo a amor de Deus, a coroa, SUMIU- minha mãe gritou, chamando a atenção do meu pai.

- Gente, temos que achar essa coroa! Ela é muito valiosa pra mim e minha família. Ela foi passando de geração em geração na família da minha mãe, e eu serei o próximo herdeiro- eu disse, desesperado.

- Conta com a gente Tommy!- disse Jane.

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