Capitulo 14: Somente uma dança, uma música (Oliver)

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Oliver

Passo o dia inteiro em aflição, trancado no meu quarto pensando na possibilidade de Amanda querer se afastar de mim. Cara, se isso acontecer o que eu faço? Só de pensar nisso, me dá um desespero. Pior do que não ter-la como gostaria, é não ter-la nem por perto.

Quando chego na faculdade vejo que ela ainda não chegou na sala. E eu me junto a um grupo de pessoas que estudam comigo no corredor próximo a sala eles discutiam a respeito da aula de ontem que eu faltei.

Então vejo Amanda se aproximando com Darcia, posso até sentir meus olhos brilharem e meu coração acelerar, é sempre assim, isso não muda, sempre que a vejo meu corpo reage de forma diferente.

Pela cara dela posso sentir que ainda está magoada comigo e eu sinceramente não sei mais o que fazer para mudar isso.

Estou preste a me ajoelhar aos seus pés pedindo perdão.

Passa toda a aula e sinto muita vontade de comentar com ela alguma coisa a respeito da aula, mas estou com medo da reação dela. Está notório que ela não quer falar comigo, ela está muito séria concentrada na aula.

Quando chega o intervalo eu me viro para falar com ela, mas não a vejo mais sentada do meu lado. Fiquei tão concentrado no que estava escrevendo que não vi quando ela saiu.

Vou procurar por ela nos corredores, na cantina e não encontro.

-Ligo para Darcia.

-Darcia onde está Amanda?

-Você pisou na bola, play boy, pisou na bola!

-O que é isso Darcia vai tocar terror agora?

-Você vacilou! - Não sei onde ela está. - Ela me diz. Sorrindo.

-Obrigado pela sua ajuda. Só me deixou mais nervoso.

-A intenção era essa! Tchau. - Darcia fala e desliga. Porque as mulheres são tão cruéis?

Crio coragem e ligo para Amanda, mas ela não atende, só me resta procurar. Ela está em algum lugar.

Quando vou atrás da cantina em uma praça que tem lá, encontro ela sentada em um banco com fones no ouvido de olhos fechados e eu fico ali de frente para ela admirando seu rosto e querendo adivinhar seus pensamentos, daria meu reino pelos pensamentos dela.

Finamente ela abre os olhos e eu puxo uma conversa.

Mas ela continua irredutível, não aceita meu arrependimento, foi muito dura comigo principalmente quando insinuou que não podemos, mas ser amigos e não sabe quando tempo vai levar para mim perdoar. Afinal o que ela está querendo? Me matar? Um tiro seria menos doloroso.

O intervalo termina, mas a nossa conversa fica no meio do caminho, não estou disposto a desistir da amizade dela, é a única coisa que posso ter e vou insistir enquanto tiver fôlego de vida.

Voltamos a mesma situação na sala ela sem se quer olhar para mim.

Termina a aula e ela sai apressadamente que nem espera por Darcia.

Quando vou chegando no estacionamento vejo uma movimentação diferente, pessoas aglomeradas olhando em direção ao estacionamento. Reconheço a voz de Simone.

Para a minha infeliz surpresa vejo ela discutindo com Amanda e Rafael de braços cruzados olhando toda a cena.

Simone está fazendo maior espetáculo eu me aproximo de Simone, pego no braço dela e coloco ela no meu carro. Saio dali o rápido que posso.

Sigo em direção a casa de Simone e aqui estou eu mais uma vez repetindo a mesma cena. Simone o caminho todo badalando no meu ouvido.

E sinceramente até eu admiro a paciência que tenho com ela.

Meu riso é tão feliz contigoOnde histórias criam vida. Descubra agora