Poet, King or Soldier...

Soldado...

O grandioso Soldado
Exibindo na prateleira seu título
Representando a vida a que está fadado
À qual sua imagem tem um vínculo

Uma vida da qual não tem orgulho
No passado, presente ou futuro
No sangue de inocentes mergulho
Mas, ainda assim, com um coração puro

O soldado deve tudo ao rei
Ao qual nunca deixou de servir
A ele para sempre pertencerei
Desde matar a suas taças polir

O rei se encantou pelo poeta
Ele o dá esperança de ser livre
Embora não seja a escolha certa
O soldado o odeia em sua mente inquieta

Nas mãos a espada sangrenta
Vozes incessantes na cabeça
Um demônio que o atormenta
Que com toda essa culpa, talvez cresça

Nas ruas as crianças o temem
As mesmas figuras que levaram seu irmão
Se debulhando em lágrimas tremem
Esperando um dia o perdão
Mas daqueles que essa dor sentem
Não receberia nem um aperto de mão

Pelo Soldado,
O poeta é odiado
Ele sabe que está errado
Mas é o futuro ao qual foi destinado

Ver aquele que ama
O desprezando tanto
Preparar uma cama
Para aquele que tem seu encanto

O Poeta faz o rei se sentir vivo
O Rei faz o poeta se sentir ouvido
Que faz do soldado já apreensivo
Sentir-se rejeitado e excluído

A culpa caminha ao lado da solidão
Pois ele jamais terá o perdão
Sempre ouvirá um não
Vivendo a vida da servidão

Mas ao rei ele será fiel
Até ser descartado
O Poeta usará o véu
Alguém substituirá o soldado

O Poeta não tem um título ou troféu
Mas faz o rei se sentir amado
Agora, usando a coroa e o anel,
Se o questionasse também seria ignorado?