༺ Chiara Bianchi ༻
Quando cheguei à mansão, percebi que Don Lorenzo estava saindo em seu carro com sua mulher. Ele me olhou por um instante e entrou no carro. Era óbvio que eles estavam brigados.
Seguindo as orientações do segurança, encontrei Carmela, que me levou a um dos quartos dos funcionários onde fiquei. Tomei um banho e decidi me deitar para organizar meus pensamentos. Naquele momento, eu só queria descansar e esquecer o que passei por algumas horas.
Na manhã seguinte, acordei me sentindo melhor e começando a aceitar a nova situação. Conversei rapidamente com Carmela e decidi explorar a mansão, onde ficaria pelos próximos seis meses. Estava fazendo isso para libertar minha irmã do cativeiro de Don Lorenzo, o homem mais temido da Itália.
Minha mãe não aguentaria ficar longe de Isabela, e como a irmã mais velha, sabia que era preciso fazer sacrifícios. Isabela era jovem demais para ficar nas mãos de Don Lorenzo, e eu tinha medo de que algo terrível pudesse acontecer com ela, considerando a fama cruel dessa gente.
Eu não sabia se eram apenas boatos ou fofocas, mas não queria arriscar. Minha irmã tinha um futuro brilhante pela frente. Quanto a mim, era mais madura e experiente.
Enquanto explorava os arredores da mansão, evitando as áreas proibidas, encontrei o belo jardim que cercava a propriedade. As rosas vermelhas em flor contrastavam com o clima sinistro da mansão. Nesse momento, uma brisa suave trouxe o perfume das flores, e senti uma breve sensação de paz.
Foi então que Don Lorenzo apareceu sem aviso. Seu sorriso era sutilmente audacioso, e seus olhos azuis me analisaram cuidadosamente. Ele quebrou o silêncio:
— Chiara, está mais calma agora, ou devo me preparar para lidar com a onça que vive dentro de você? Pronta para me atacar?
Engoli em seco, mas minha determinação não vacilou. Eu sabia que precisava manter minha postura e não demonstrar fraqueza. Respondi com firmeza:
— Don Lorenzo, estava nervosa naquele momento e me deixei levar. Não pretendo atacá-lo. No entanto, também não posso deixar de mencionar a conduta dos seus homens, em especial o segurança debochado e arrogante próximo ao portão, que me tratou com desrespeito.
Ele, em seu tom caracteristicamente arrogante, retrucou:
— Bom mesmo, oncinha. Saiba que, se ousar falar comigo daquela forma novamente, mandarei cortar sua língua e farei você engoli-la em seguida. Quanto ao meu segurança, é o jeito deles agirem dessa forma. Os treinamentos deles exigem que não sejam tão cordiais com ninguém, além de mim.
— Mas não é porque eles têm um treinamento como se fossem militares que devem tratar as pessoas como se fossem lixo. Mas talvez eu até entenda. Esse jeito arrogante e grosseria vem do próprio chefe, então não me surpreende que eles sejam assim.
Ele me observou por um momento, analisando-me de cima a baixo. Em seguida, pronunciou de maneira séria e arrogante:
— Pare de me desafiar, ou será pior para você. Se eu perder a paciência, mandarei dar umas chibatadas em você, como se fosse uma escrava que precisa ser punida pelo seu dono. Agora entenda o seu lugar e não me irrite. Tenho assuntos a resolver, sou um homem ocupado.
No entanto, antes que ele pudesse se afastar, não pude evitar uma resposta destemida:
— Se tive coragem de entrar na casa do próprio diabo, saiba que não tenho medo dele. Você pode impor medo nos seus homens, mas a mim, você não assusta.
Ele passou a mão na barba de maneira séria e parecia estar furioso pela minha resposta. Uma faísca de desafio e provocação surgiu no ar. O silêncio que se seguiu era quase palpável, como se o universo inteiro estivesse segurando a respiração. Nossos olhares, repletos de desafio, permaneceram fixos em um embate silencioso.
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Aprisionada Pelo Don Lorenzo ( Degustação)
RomanceEm um mundo sombrio de dívidas e perigos, Chiara enfrenta um destino cruel ao fazer um acordo desesperado para salvar sua irmã das garras impiedosas de Don Lorenzo, um temido mafioso italiano. Com apenas seis meses para quitar a dívida de seu pai, C...