Capítulo 08

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༺ Lorenzo Santoro ༻

Continuei observando os movimentos de Chiara em silêncio por um momento. Ela continuava a varrer os cacos da destruição com determinação. Jamais imaginei que ela me trataria de maneira tão fria e cínica. Realmente, a garota era bastante espertinha nas suas respostas, o que me deixava um pouco inquieto. No entanto, eu também conversaria com Valentina a respeito disso. Chiara não deveria ser tão ingrata, afinal, ela tinha salvado a vida da minha noiva.

Assim que entrei no quarto, Valentina se aproximou de mim, me abraçando e me beijando. Retirei suas mãos e a observei com seriedade, questionando por que ela havia tratado Chiara tão mal.

— Por que você tratou Chiara daquele jeito? Ela salvou sua vida ontem. — Perguntei.

Valentina revirou os olhos e perguntou:

— Por que você está tão preocupado com a maneira como eu a trato?

Passei a mão na barba, irritado, e expliquei:

— Você está exagerando. Chiara não merece gratidão da sua parte, afinal, ela a salvou de um grande perigo.

Valentina respondeu, com raiva:

— Não vou agradecer a uma mulher que está sob sua dívida por ter salvo minha vida.

Minha paciência estava se esgotando, e eu disse a ela:

— Você é incrivelmente ingrata. Pegou uma implicância repentina com Chiara, e parece que não percebe como isso está afetando nossa relação.

Valentina levantou furiosa e questionou:

— Por que você a está defendendo?

Virei-me para ela com raiva e respondi:

— Já chega, Valentina. Não suporto mais suas crises de ciúmes. Se continuar assim, sugiro que volte para a casa de sua mãe em Milão, porque eu não aguento mais.

Valentina me confrontou, sugerindo:

— Você quer ficar sozinho na mansão para assediar Chiara.

Fiquei ainda mais furioso e, por um momento, levantei a mão e comecei a agredi-la. Ela recuou assustada. Respirei fundo e disse a ela:

— Perceba o que está fazendo, provocando minha fúria. Não quero que as coisas sejam desse jeito. Arrume suas coisas e vá para a casa de sua mãe, porque não consigo mais tolerar essa situação. Não vou repetir este aviso. Se você não sair, colocarei os seguranças para retirá-la à força.

Valentina, ainda com lágrimas nos olhos, disse com determinação:

— Você ainda vai se arrepender do que está fazendo comigo.

Respirei fundo e respondi com cansaço:

— Já basta, Valentina. Não consigo mais suportar suas crises de ciúmes, que só têm piorado com o tempo. Abri mão de todas as outras mulheres para ser exclusivamente seu, mas mesmo assim, você continua desse jeito. Preciso de um tempo sozinho.

Valentina, furiosa, retrucou:

— Então fique com a camponesa, porque, se depender de mim, você está fora da minha vida. Estou cansada de viver assim, é um inferno.

Respondi com frieza:

— Faça o que achar melhor, Valentina. Não vou impedir você e muito menos obrigá-la a ficar ao meu lado.

Saí pela porta com força e fui direto para o meu escritório. Já tinha problemas demais, e não precisava que Valentina fosse mais um deles. Realmente precisava de um tempo para pensar.

Aprisionada Pelo Don Lorenzo  ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora