༺ Lorenzo Santoro ༻
Continuei observando os movimentos de Chiara em silêncio por um momento. Ela continuava a varrer os cacos da destruição com determinação. Jamais imaginei que ela me trataria de maneira tão fria e cínica. Realmente, a garota era bastante espertinha nas suas respostas, o que me deixava um pouco inquieto. No entanto, eu também conversaria com Valentina a respeito disso. Chiara não deveria ser tão ingrata, afinal, ela tinha salvado a vida da minha noiva.
Assim que entrei no quarto, Valentina se aproximou de mim, me abraçando e me beijando. Retirei suas mãos e a observei com seriedade, questionando por que ela havia tratado Chiara tão mal.
— Por que você tratou Chiara daquele jeito? Ela salvou sua vida ontem. — Perguntei.
Valentina revirou os olhos e perguntou:
— Por que você está tão preocupado com a maneira como eu a trato?
Passei a mão na barba, irritado, e expliquei:
— Você está exagerando. Chiara não merece gratidão da sua parte, afinal, ela a salvou de um grande perigo.
Valentina respondeu, com raiva:
— Não vou agradecer a uma mulher que está sob sua dívida por ter salvo minha vida.
Minha paciência estava se esgotando, e eu disse a ela:
— Você é incrivelmente ingrata. Pegou uma implicância repentina com Chiara, e parece que não percebe como isso está afetando nossa relação.
Valentina levantou furiosa e questionou:
— Por que você a está defendendo?
Virei-me para ela com raiva e respondi:
— Já chega, Valentina. Não suporto mais suas crises de ciúmes. Se continuar assim, sugiro que volte para a casa de sua mãe em Milão, porque eu não aguento mais.
Valentina me confrontou, sugerindo:
— Você quer ficar sozinho na mansão para assediar Chiara.
Fiquei ainda mais furioso e, por um momento, levantei a mão e comecei a agredi-la. Ela recuou assustada. Respirei fundo e disse a ela:
— Perceba o que está fazendo, provocando minha fúria. Não quero que as coisas sejam desse jeito. Arrume suas coisas e vá para a casa de sua mãe, porque não consigo mais tolerar essa situação. Não vou repetir este aviso. Se você não sair, colocarei os seguranças para retirá-la à força.
Valentina, ainda com lágrimas nos olhos, disse com determinação:
— Você ainda vai se arrepender do que está fazendo comigo.
Respirei fundo e respondi com cansaço:
— Já basta, Valentina. Não consigo mais suportar suas crises de ciúmes, que só têm piorado com o tempo. Abri mão de todas as outras mulheres para ser exclusivamente seu, mas mesmo assim, você continua desse jeito. Preciso de um tempo sozinho.
Valentina, furiosa, retrucou:
— Então fique com a camponesa, porque, se depender de mim, você está fora da minha vida. Estou cansada de viver assim, é um inferno.
Respondi com frieza:
— Faça o que achar melhor, Valentina. Não vou impedir você e muito menos obrigá-la a ficar ao meu lado.
Saí pela porta com força e fui direto para o meu escritório. Já tinha problemas demais, e não precisava que Valentina fosse mais um deles. Realmente precisava de um tempo para pensar.
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Aprisionada Pelo Don Lorenzo ( Degustação)
RomanceEm um mundo sombrio de dívidas e perigos, Chiara enfrenta um destino cruel ao fazer um acordo desesperado para salvar sua irmã das garras impiedosas de Don Lorenzo, um temido mafioso italiano. Com apenas seis meses para quitar a dívida de seu pai, C...