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O Princípio - Winrina

Norte da França – 1476

A carruagem corria como o vento, a brisa gélida adentrando no interior do recinto só não era mais frio que o coração da mulher que a muitos anos já vivia. Kim Minjeong era uma nobre da corte dos reinos situados aos arredores da Espanha, numa viagem da família a Transilvânia, a caravana que levava a sua família foram abordados por seres que não gostavam muito da luz do dia.

Um pequeno exército de vampiros com armadura reluzentes assassinou todos que a acompanhavam na viagem, desde de seus guardas até seus familiares, por ser uma jovem no auge de sua beleza, ela foi levada até um castelo e recebida por um velho muito pálido, as mãos possuíam garras de um monstro, seus dentes pontiagudos e olhos vermelhos. Ele a queria para si, dizendo que estava ficando para trás em relação às mulheres e Drácula, que tinha seu próprio harém.

Minjeong foi presa por vários dias até uma noite, o velho foi até em sua cela moribunda e a mordeu no pescoço, a agonia foi instantânea, seus órgãos começaram a se revirar dentro de si, sua mente ia a loucura e sua garganta queimava como se engolisse fogo líquido. Horas depois um garoto foi jogado em sua cela e foi como um tiro de canhão para sua sede, ela voou sobre o garoto e o mordeu tão forte na jugular que arrancou a cabeça do menino do corpo, o sangue encheu sua boca como o vinho mais doce, ela gemeu com o gosto se deleitando com a chacina particular.

Quando sua fantasia acabou ela chorou, chorou pelo garoto, pelas garras nas pontas de seus dedos, pelos seus dentes modificados e chorou ainda mais por ter se arrependido de sugar toda a vida que havia no corpo do menino.

Horas depois, quando se sentiu bem para entender o que havia acontecido ela viu que sua cela estava aberta, Minjeong saiu em passos receosos, o mundo parecia diferente agora, cheiros acentuados e ouvidos sensíveis, quando ela deu de cara com uma porta ela tentou abrir mas parecia pesado a seu toque e então forçou e a porta foi ao chão com sua força, assim que viu o velho sentado em sua cadeira acolchoada com um sorriso enorme. Minjeong viu tudo em vermelho e avançou com uma velocidade nunca vista até ele, o velho por já ter anos de experiência como vampiro conseguiu deter Minjeong e antes de começar o espancamento sobre a mulher murmura:

"Você é minha agora, somente minha..."

Ele estava muito equivocado.

Minjeong ficou alguns anos sob o domínio do velho vampiro, ela armava diversas formas de arrancar a cabeça de seu corpo, jogar seu corpo ao sol e vê-lo virar cinzas, mas ele era poderoso e armado com um exército que não relutaria em acoitar sua pele leitosa por dias.

Até que um dia, quando admirava a noite e as estrelas, no horizonte vinha um exército com armadura negra, em demanda, eles se aproximavam rapidamente do castelo que a mantinha presa, quando enfim invadiram o castelo, os soldados do velho foram aniquilados em segundos, desmembrados e estripados, o velho ficou sem proteção e logo apareceu no pátio do castelo ajoelhado e açoitado pelos cavaleiros inimigos. Minjeong ficou escondida no próprio quarto, se deleitando com a visão do velho sofrendo. O velho foi torturado até que uma mulher a cavalo passou pela entrada do pátio, seu vestido era lindo, moldado em seu corpo esbelto, ela dizia algumas palavras ao velho e ele parecia retrucar e então ela se irritou e arrancou o coração do peito dele.

A mulher olhou ao redor até que seus olhares se cruzaram e em um piscar de olhos a mulher sumiu de sua vista, Minjeong sentiu um cheiro suave de flores e sangue ao seu redor e um arrepio na nuca lhe fez se virar. E ali estava ela, a olhando com curiosidade, Minjeong se sentiu nervosa com seus olhares e até ansiosa.

"O que uma criatura tão graciosa como você faz nesta espelunca?" Minjeong não conseguia responder, as palavras entaladas em sua garganta a amedrontavam.