Capítulo 9 - São Meus Olhos Castanhos

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Capítulo 9 - São Meus Olhos Castanhos (Sainz)

"E se eu pintar o céu de castanho

Para combinar com teu olhar

Me faz aconchegar o que somos"

Olhos Castanhos - Ikki

Esses dias tanto a Carol quanto a Bárbara estão estranhas, parece que estão fugindo de um sequestrador, toda vez que chegamos perto delas falam quem é e onde estão, com fones de ouvido para todos os lados. Ontem no sábado foi o limite para mim! Eu fui atingido por uma banana na cabeça, a Carol arremessou a fruta na minha cabeça sem mais nem menos. Tentei entender o porquê, sem sucesso, ela não soube explicar, falou que era para o meu bem e que eu precisava de potássio. Meu pai estava perto e tentou apaziguar a situação, tentou me tirar dali, aquilo me estressou de um jeito que na qualificação eu terminei em P3.

Eu não estou mais aguentando essas duas estranhas desse jeito, vou falar com o Lando para que ele consiga arrancar alguma coisa das duas. Quero saber o que elas estão escondendo da gente, porque não é possível alguém ser tão ruim em esconder alguma coisa do que essas duas! Até a Beatriz está estranha, quando me vê muda o rumo, vi ela conversando com o meu pai. Ele não é de sorrir para muitas pessoas, mas para ela ele riu, não pude acreditar quando vi a cena, um sorriso do meu pai para a Bea.

- Lando, vem aqui. - Chamo-o que não demora muito chega onde estou. - você não está achando as meninas muito estranhas? Conversa com a Carol e tenta arrancar uma coisa dela, é a que gosta de fofocar.

- Vou fazer isso, porque quero saber, elas desse jeito estão me deixando louco. Não fazem isso com Hulkenberg ou com o Stroll. Apenas comigo, você, Charles, Gasly e Russell. O Danny não está nessa lista, O MAX NÃO ESTÁ! - Ele se altera um pouco na última sentença, eu entendo ele, Charles percebe e se aproxima de nós.

- O que está acontecendo? Perceberam as meninas estranhas? Desde quinta elas estão agindo dessa maneira. Ontem o Carlos foi atacado com uma banana na cabeça, se isso não é estranho eu não sei o que é. - Lando arregala os olhos e sorri da minha cara, ele não sabia do ataque das bananas.

- Sim cabrón, fui atacado por uma banana. Eu não aguento mais essas meninas agindo dessa maneira! - Estou estressado com essa situação toda.

- poderíamos seguir elas e tentar descobrir o que está acontecendo, mesmo que hoje seja o dia da corrida, podemos tentar descobrir algo. - Lando sugere e eu apoio essa decisão, por que até meu pai está estranho, ele não é de sorrir para qualquer pessoa.

Lando vai atrás de Caroline, Charles vai com a Bea e eu vou conversar com a Bárbara. Ainda são 8 horas da manhã, a corrida vai ocorrer às 16 horas. Como hoje é dia de corrida, chegamos cedo para termos reuniões com as equipes sobre as estratégias. Vou em direção ao hospitality da Ferrari, sabendo que Bárbara está estudando a pista na sala de reuniões. Carol gosta de trabalhar no barulho, então vai para o refeitório para estudar as estratégias.

Adentro na sala de reuniões e vejo Bárbara sentada a mesa sozinha. Me sento ao lado dela como se eu não quisesse nada. A tela do celular está virada para cima, uma ligação com mais de uma hora de duração mostra no visor. Uma foto me chama atenção, Bea segurava uma criança no colo, ela tem um filho, ela não parece ser mãe, pode ser uma sobrinha, o Max falou que viu uma criança parecida com ela andando pelo paddock. Tem mais uma pessoa na ligação que eu não conheço. Cabelos pretos cortados perto do queixo, boca bem marcada, eu vi ela ontem perto da Bea.

- Em que posso ajudar? E para de ficar olhando o meu celular Carlos, se vier saber da banana, eu não sei. - Bárbara está vendo as condições da pista.

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