(...) A aula acaba, todos saem da sala, inclusive Fyodor.
"Fedyaa~ podemos ir embora juntos? Moramos perto!"
"E como você sabe onde eu moro?"
". . ."– o sorriso de nikolai some, ele olha para fyodor sério.
"Posso ou não?"
"Oh.. se você quer tanto, não vejo problema."
Fyodor diz claramente desconfiado, com isso, os dois seguem pelas ruas nevadas de São Petersburgo, era frio e escuro, exatamente como fyodor gostava. Eles chegam a casa de Fyodor.
"Bem, eu moro aqui."– Fyodor diz parado na frente de um prédio velho e vintage.
"Posso entrar!?"
"Não."
"O que?"– o sorriso de nikolai se vai novamente, era de certa forma assustador, mas isso não causava alarde em Fyodor, o que deixava nikolai intrigado.
"Não vou deixar um estranho com traços de psicopatia entrar na minha casa."
"Por favor? Eu juro que não vou te machucar, nem nada do tipo. Está frio aqui fora e eu moro longe"
Longe? Ele não disse que morava perto? De qualquer forma, fyodor sabia que ele não era uma pessoa normal e muito menos confiável. Porém ele não tinha nada a perder, sua vida era vazia e sem sentido.
"Mhm... Tudo bem."
Com isso, os dois homens entram no apartamento de Fyodor, que era pequeno e antigo, tudo passava uma impressão de velho e clássico, Nikolai achou no mínimo interessante. O apartamento era cheio de quadros e coisas antigas (normal para aquela época), o que o chamou atenção foi uma máquina de escrita velha e empoeirada e um toca discos que tocava– "Тёмая ночь- mark bernes" uma música calma e muito boa.
"Casa bonita."
"Obrigado, sinta-se à vontade."– fyodor tira seu ushanka e liga o aquecedor no máximo.
Nikolai se senta em seu sofá empoeirado.
"Já pensou em limpar a casa?"
"... Isso foi bem rude da sua parte, sou um homem ocupado, não tenho tempo para essas coisas, além disso, eu fico a maior parte do tempo sentado na mesa lendo e ouvindo música."
"Ooh~ um homem ocupado hein? Que interessante!"– Nikolai diz pegando algo no bolso, com um sorriso grande no rosto.
".. talvez."