por que continua me perseguindo?

66 11 0
                                    

(...) O dia se passa e a noite chega, uma noite fria e triste, como sempre. Fyodor acende algumas velas e se deita em sua cama, úmida e gelada, ele olha para o teto debatendo consigo mesmo se deveria tomar outro banho, o russo não era muito fã de banhos, então deixa para lá, ele fica quieto por um momento, até que se lembra de seus remédios, ele se levanta e vai até o banheiro. Ele pega alguns remédios para dormir, umas vitaminas para sua anemia, e seus antidepressivos, que por algum motivo, o deixava ainda mais depressivo.

"Por quanto tempo eu vou continuar tomando essas idiotices?"– Fyodor diz a si mesmo enquanto se olha no espelho, sua pele cada dia mais pálida, suas olheiras profundas e seu cabelo oleoso caindo sobre seus ombros.

Ele então coloca um disco em seu toca discos, era uma sinfonia que ele mesmo gravou enquanto tocava violoncelo, com isso ele olhou para o mesmo, que estava jogado perto da escada criando poeira, ele dá de ombros e vai dormir. (...)

Ele acorda por volta das 2:31am com alguém apedrejando sua janela, ele sabia muito bem quem era, então se levanta e olha por ela.

" O que você deseja, senhor gogol?"

" Por favor! Sem formalidades, me chame apenas de Nikolai, quero entrar."

"Vai tentar me matar de novo?"

"Claro que não! Assim você me ofende~"

Fyodor apenas suspira arrependido por ter dado bola para ele de primeira, ele desce até lá embaixo e abre a porta para Nikolai, que entra sorridente. Os dois entram no apartamento de Fyodor e o mesmo tranca a porta.

"Trouxe comida! Você gosta de bolinho de carne?"

"Não sei, não lembro de já ter provado antes."

"Você se quer come? Você é extremamente magro."

"... Como, quando eu tenho fome."– Fyodor comia apenas quando sentia fome, o que quase nunca acontecia, ele normalmente não tinha dinheiro para comprar comida então bebe whisky ou vodka para "acabar" com a fome.
  
*Não sei se já disse isso, porém Fyodor mora no térreo, por isso conseguiu falar com nikolai tranquilamente do seu apartamento.

Nem sempre seremos livres. Onde histórias criam vida. Descubra agora