CAPÍTULO 43

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Rebecca Armstrong  |  Point of View
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Deslizo as pontas dos dedos sobre a foto dos meus pais que está sobre a mesa do meu escritório. Minha mãe olhava pro meu pai com os olhos azuis brilhando, na verdade, os dois se olhavam intensamente e apaixonados, sorrir.

Puxo o ar lentamente e o solto, repousando as costas na cadeira. Faz tempo que eu não me sentia assim, tão bem.

E bom saber que não preciso mais me preocupar com Isaac ou Harry, todas as noites que deitava minha cabeça no travesseiro, era como deita a cabeça sobre uma pedra. Com mais de mil pensamentos passando sobre minha mente cansada.

Eu sei que muitos podem achar locura a minha vontade suicida antes "você é rica" "você tem amigo que te ama" "você tem uma família que te ama" "agora tem um filho e uma mulher". Mais você não sabe como eu me sentia com tanta carga sobre os meus ombros, era quase sufocante, mais vamos dizer que, eu já estava morta por dentro e ninguém sabia. Depois daquele momento com meus pais, mesmo em sonho, era como se eles me trouxeram a vida novamente.

O que adianta seu corpo está vivo, mais sua alma já está em decomposição? Não adianta, tente se sentir com eu mim sentia e você finalmente entenderia meus pensamentos suicidas. Pessoas que clamam pela a morte não querem chamar a sua atenção, elas só querem que sua alma finalmente possa descansar. Você pode me julgar o quanto quiser em relação a Harry, pelo o simples motivo de chamá-lo de pai, mesmo depois do que ele fez comigo.

Mas foi a única maneira que arrumei pra não bater de frente com esse trauma, você se sente perdida sem sabe pra quem correr, sua mente e esmagada todas as noites por demônios que você nem sabia que existiam, ninguém pode tocar seu corpo ou apenas olhar pra você que seu coração acelera com o medo que aquilo se repita novamente, o medo cresce e te sufoca noite após noite.

Eu era apenas uma adolescente de treze anos, que tomava remédio pra dormir, para pode não sentir aquela dor que rasgava o seu peito por ter perdido os pais, que passou a mora e ser cuidada pelo melhor amigo deles, que considerava muito. É tudo aquilo terminou de destruir minha alma.

Minha mente era completamente rodeada de demônios, que você talvez nunca teria coragem de passear por ela.

Levanto da cadeira parando em frente a janela, olhando pro jardim onde tinha uma pequena de cabelos loiros correndo com bonbon de um lado pro outro.

Toc Toc

Escuto duas batidas na porta, digo apenas um entre e continua olhando Dara, que corre de uma lado pro outro com bonbon logo atrás, que está em busca da bolinha amarela que está em sua mão.

— Ela é a cópia de Helena – Richie diz parando ao meu lado.

— Sim.

— Vim ter avisar que comprei uma casa – Tirei minha visão de Dara e olhei pra Richie que sorriu pra mim — Relaxa, fica a duas casa da sua.

— Você não vai mais volta pra Tailândia?

— Não Becky, você e Emma moram aqui. Eu não tenho ninguém lá – Diz dando de ombro — Meu lugar é aqui, ao lado de vocês.

— Eu fico muito feliz que você vai ficar definitivamente – Sorrir — E o hospital?

— Bom, coloquei alguém que vai se um ótimo chefe e posso confiar. Então só vou apenas um vez no mês, pra ver a situação com meu próprios olhos.

— Entendo.

— Falou com Freen, sobre a casa de campo?

— Falei, ela aceitou. Disse que como não tem muitos casos, tem como passar essa semana tranquila comigo.

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