* Ato de Despedida *

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     Não podia ser real

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     Não podia ser real. Aquilo só podia ser totalmente uma brincadeira muito boa, porque na verdade, eu estava gostando. Seu olhar caiu em mim quando a muito me lembrava. O cabelo negro amarrado para trás e seus lábios crispados enquanto me comia com os olhos tão negros quanto à noite lá fora. Dou um sorriso de canto bebendo mais outro gole de vinho enquanto converso animadamente com meus subordinados.

Sasuke Uchiha por muito tempo foi o homem da minha vida, aquele por qual eu me arrastei até o último degrau de sua escada para que ele me olhasse e voltasse comigo, ainda assim, ele se foi como se todos os anos que passamos juntos durante a faculdade não valessem nada. Suas desculpas foram dadas pelo irmão mais velho, a qual julgou ser o melhor para a família Uchiha. Não o julgo, nossas famílias sempre foram rivais. Nossos pais principalmente, mas é diferente é que o meu nunca me proibiu de amar, e até gostava de Sasuke, mesmo o tendo pegado inúmeras vezes nu na minha cama.

Mas não era para mim. Ele me olhava agora sabendo que toda minha rivalidade estava impregnada na minha face, em cada parte do meu ser, mas havia uma, somente uma, que não o via como rival. Ainda sob os olhos de Sasuke Uchiha, eu levantei arrumando o vestido de cor carmesim a qual tinha ganhado, colado, de seda deixando um decote bonito para que todos ao meu redor me olhassem com desejo, inclusive ele.

Parei ao seu lado no balcão pedindo outra taça de vinho, e então o encarei, fitando seus belos olhos brilhosos que eu sempre amei. Por que não conseguimos deixar para trás aqueles que não fizeram mal? Na verdade, depois de dez anos eu ainda sentia falta do meu amor platônico.

— Não é surpresa alguma vê-lo aqui – eu disse o vendo voltar a beber seu gole de uísque, aquele que tanto gostava. O que passou a ser o meu preferido desde que o vi pela última vez. — Todos os anos, eu vejo seu pai entrar por aquelas portas esbanjando felicidade e egoísmo. – Sasuke me encarou novamente. — Sinto muito pela sua perda.

— Você não sente nada, Sakura – ele riu de canto virando seu corpo em minha direção. O encaro mais séria encarando seus lábios molhados, suspiro. Sinto meu corpo se arrepiar e aquela inquietude aparecer entre as minhas pernas. — Talvez você até agradeça por ele está doente.

— Por que eu agiria desta forma? – Murmurei muito, muito ofendida por ele achar que eu sentiria alguma coisa. Mas logo sorri, é claro que não sinto nada pela doença de Fugaku. — Eu consigo mentir, então sim. Eu fico muito feliz que ele tenha ficado doente e que no lugar dele tenha mandando o filho número dois. – Ele suspirou desviando o olhar para o nada. — Ou seria o número três?

— O que você quer de verdade? – Ele segurou o copo com mais força trazendo para perto de seu rosto. — A última pessoa que eu não estou com vontade de brigar é você, no momento. – Sorrir de canto.

— Claro. Você não tem motivos para brigar comigo, não aqui em baixo, não em um dialogo – Sasuke sorriu de canto se remexendo contra a cadeira. — Queria muito fingir não sentir nada.

Oneshot's SasuSaku - Part. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora