Marília pov:
9:00 AM
Ja faziam algumas horas que eu estava em trabalho de parto, se for contar a partir do momento em que as contrações ficaram mais conometradas, poderíamos dizer que faziam cerca de dez horas, pois as dores ficaram assim quando eu fui dormir às dez e meia da noite.
Eu estava nesse momento fazendo exercícios para dilatar mais, eu estava com seis centímetros ainda, a bolsa ainda não havia estourado
Débora: vamos tentar agacha um pouco, pra ver se estoura, Henrique segura ela
Meu marido segurou em meu quadril, me ajudando a abaixar, gemi de dor sentindo uma pressão ainda maior, depois disso, comecei a andar um pouco pelo quarto e nesse momento eu senti como se estivesse fazendo xixi, olhei pra baixo vendo a enorme poça d'água
Marília: eu acho que estourou....
Henrique: graças a Deus
Respirou aliviado, ele já estava preocupado com a demora da bolsa estourar, pois se não estourasse, ia precisar de intervenção médica
Débora: ótimo, agora é só continuar com os exercícios e daqui uma hora venho verificar sua dilatação, qualquer coisa me chamem
Ruth: okay doutora
Minha mãe secou meu rosto e me deu mais água pra beber e gelo, pois gelo era a única coisa que eu podia comer naquele momento
Duas horas depois...
Marília: AHH!!
Gritei sentindo uma dor que me atravessou o corpo, Débora veio correndo para verificar novamente a minha dilatação
Débora: oito, podemos iniciar tudo agora, é o tempo suficiente para você chegar aos dez centímetros de dilatação
Henrique: vai dar tudo certo
Sussurrou em meu ouvido, apertei mais forte a mão do meu marido, o olhando meio fraca, feliz, com a ajuda dele eu fui pra banheira do quarto, queria me sentir mais confortável e ali ia ser perfeito.
Meu marido se posicionou atrás de mim e minha mãe do meu lado, porém fora da banheira e Débora entre minhas pernas para poder me auxiliar.
Ruth: respira filha...já tá acabando
Ajeitou os cabelos que estavam em meu rosto, apertei sua mão e gemi de dor quando uma contração mais forte ainda chegou .
Débora: muito bem mamãe, agora você vai contar junto comigo e começar a empurrar ouviu?
Assenti respirando fundo, tentando me concentrar para empurrar nos momentos corretos
Henrique: eu te amo...
Marília: te amo mais amor...
Débora: três...dois...
Marília: UM!!
Gritei começando a empurrar, vamos filho, colabora com a mamãe, eu gritava e empurrava, ouvia o choro baixo, quase silencioso de Henrique e sabia que era por me ver com tanta dor assim
Ruth: vai filha, mais uma vez
Débora: você consegue Marília! Eu estou vendo ele já
Olhei pra rosto da médica, novamente eu respirei fundo e empurrei, minha mãe segurou minha com as duas mãos dela, pra me dar mais força, meu marido beijou meu ombro
Henrique: ele tá chegando, nosso menino tá chegando...
Mais uma força que não foi suficiente para meu filho sair de mim
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por trás das lentes 2
RomanceUm ano se passou desde que ela foi realizar seu sonho profissional, com um preço alto, deixar o amor de sua vida no Brasil, correndo o risco de nada ser igual quando ela voltar, será que apenas algumas ligações são capazes de segurar um amor a distâ...