𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔 𝗟𝗢𝗩𝗘 𓂃࣪𔘓.
ᴍɪᴋᴇ x ғᴇᴍ ᴏᴄ
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𖥻 🔦 － 𝐌𝐈𝐊𝐄 está numa busca frenética por trabalho para sustentar a guarda de sua irmã mais nova, e finalmente cons...
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CAP 08
" O Mike não falou nada sobre EU mexer nas coisas dele, não é? "
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Já havia se passado um bom tempo desde que Alisson estava em meu quarto colando seus curativos silenciosamente. Abria a porta lentamente, para não correr o risco de ver a mesma sem alguma roupa.
Ela estava lá, abotoando os últimos botões de sua blusa enquanto mirava em cada canto do cômodo, e era estranhamente adorável o jeito em que a morena testemunhava cada detalhe com sutileza em cada lugar novo que ela ia.
Ela sai de seu transe, notando-me entre a porta.
— Como você tá?
— Melhor. — Replicava enquanto seus lábios arqueavam-se em um sorriso.
Alisson se levanta da cama, passeava pelo meu quarto com sua curiosidade aguçada, observando tudo presente. Reparando em minha escrivaninha que ficava no canto do quarto, que raramente era arrumada, que era próxima a parede em que os desenhos de Abby estavam estendidos.
— Você está sempre no meio de todos os desenhos. — Ela observa. — A Abby deve gostar muito de você.
A seguir, fitava com atenção todos os retratos e fotografias que estavam expostos em uma das mesas de cabeceira. Ela ri de um dos quadros que estava eu e Abby, retribuí o riso, nostálgico relembrando daquele dia. Ela segura com delicadeza um quadro de moldura crócea, meio antiga. Estreitava seus olhos para enxergar melhor, a fotografia estava desgastada.
— São meus pais. — Dizia, meio apatico, tentando não esboçar muitos sentimentos, Alisson desvia seu olhar para mim, dando um sorriso singelo.
— Esse era você quando criança, Mike?
Alisson tira uma das molduras que estavam mais escondidas bem atrás, das quais eu com certeza havia esquecido, e que eu não queria me lembrar.
Encarava a foto que estava em sua mão, fitava o seu semblante feliz, era de sua natureza ser uma criança espontaneamente alegre, que esbanjava pureza para todos em sua volta, seus cabelos que se enrolavam em cachinhos, e seu aviãozinho de brinquedo em suas mãos, o qual nunca largava. Pude sentir o mesmo aperto no coração que eu sentia há anos apertando cada vez mais forte.
