Vários dias se passaram desde o encontro dos amigos ao rio, que estava passando por eventos misteriosos. Dito e feito, barricadas foram colocadas ao redor do rio, para que nenhum cidadão fosse burro o suficiente para ir até lá e correr o risco de ser devorado por um crocodilo... ou algo mais.
As vezes os jovens da vila ficavam curiosos sobre o lugar e foram pegos algumas vezes tentando pular a cerca, sempre sendo detidos e devolvidos de volta para os pais. É como a frase, " a curiosidade matou o gato ".
Ricardo e seus amigos praticamente esqueceram dos eventos daquele dia de verão, passando a aproveitar o tempo e curtir, mesmo sem o rio disponível. Ou era o que parecia ser...
Ricardo não parava de pensar no ocorrido, sempre tinha curiosidade em ir até o rio e tentar descobrir mais sobre o " vulto ". Mas e se fosse pego? O que diria a sua mãe?
- cardo..... Ricardo!!!
O jovem levantou a cabeça do travesseiro com um susto e se sentou, olhou em volta e viu sua mãe parada na porta. - Filho... já é hora de levantar, preciso que você vá até a feira e compre umas coisas pra mim. - o rapaz afundou nos lençóis e resmungou.
- Desculpa por te acordar cedo nas férias filho, mas preciso que me ajude hoje. - o carioca se levantou e lentamente foi até o banheiro como um zumbi, sua mãe sorriu e saiu do quarto.
Enquanto descia as escadas, percebeu que seu padrasto não estava, parecia que o dia tinha começado bem. Se sentou na mesa e foi fazer seu café da manhã enquanto sua mãe lavava as louças. - Consegui pão fresquinho na padaria querido, e o café está do jeito que você gosta.
- Amargo igual minha vida. - a mulher jogou o pano de prato no menino, ele apenas riu. - Tô brincando mãe, tô brincando!
- Minino arteiro.... não demore muito aí não, que daqui a pouco as coisa da fera caba tudo. A lista de compras tá no balcão. - terminando o café, pegou o papel no balcão e deu um beijo na testa da mãe, saiu correndo de casa. - Não esquece dos troco!!
A feira parecia bem movimentada, era fruta de um lado e carne do outro, não tinha muitas coisas para comprar, só o essencial que faltava.
Enquanto caminhava pelo amontoado de pessoas, avistei meu amigo Jão e seu tio, sempre o ajudando a vender peixe na feira. - Eae Jão, tio!! Quê que cês me manda hoje?
Ao ver o carioca, o rapaz que parecia estar meio deprimido mostrou as opções. - Temos sururu, tilápia, carpa e até tucunaré, mas fica esperto, já tá cabando... - peguei somente um pouco de tilápia, mainha adorava fazer tilápia frita no almoço,e era bom já que a carne do jantar de ontem havia acabado.
- Aê cara, cê tá bem? - o rapaz de óculos olhou para seu tio por um momento, o homem sorriu e o rapaz deu um sorriso forçado. - Eu tô bem cara, relaxa. Ai o pessoal vai pro campo hoje joga bola, topa também? - paguei o tio e peguei o troco enquanto olhava com graça pro meu amigo.
- Foi mal véi, mas hoje a noite só quero ficar de boa, talvez otro dia belê?
Ele assentiu e eu me afastei, pude ver de relance que seu olhar ficou triste novamente, enfim, me astei da barraca e fui direito pras frutas, nesse meio acabei encontrando Eduardo na frente de uns bons cachos de banana, e não estava sozinho, sua irmã também tava lá.
- Cê tem que vê se elas tão madura diacho!! - ao parecer já estavam discutindo logo cedo. - Mas elas num tão madura não mísera, cê é cega?!
Me esgueirei devagarinho pra no final aborda-los com um susto, o mais novo me olhou com graça. - Oxi caba, quê que tu tá caçando aqui véi?! Desce jeito o pessoal vai acha que tu é bandido!!
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𝙱𝚎𝚕𝚎𝚣𝚊𝚜 𝙿𝚛𝚘𝚏𝚞𝚗𝚍𝚊𝚜.... 𝚃𝚎𝚜𝚘𝚞𝚛𝚘𝚜 𝚁𝚊𝚛𝚘𝚜.
أدب الهواةAlguns pensariam em lendas vivas, criaturas perigosas e devoradoras de homens. A vila não ousaria discordar, pois sabiam que era verdade.... bem, quase todos. O que alguns jovens curiosos pela imensidão azul poderiam descobrir? Baseado nos personage...