𝗔𝗣𝗢𝗖𝗔𝗟𝗜𝗣𝗦𝗘 , em um significado direto mais conhecido como o caos que se habita com a chegada do fim do mundo. Para Alexia Vincent era isso , o fim do mundo que com certeza traria total caos a sua vida que por anos conseguiu ser calma. Ela...
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O alarme irritante de toda manhã me fez despertar contra minha vontade e percebi que ainda estava ao lado da minha amiga que já estava acordada com um livro em suas mãos. Assim que me espreguicei ela me olhou largando o livro de algum autor , que era desconhecido por mim , em cima do criado mudo.
— bom dia. - sorriu mais animada do que o normal.
Era estranho vê-la tão contente assim pela manhã já que a mesma acordava sempre com um belo mau humor e uma mensagem em neon refletindo em sua testa dizendo para que ninguém chegasse perto durante seu período de despertar por completo.
— bom dia. - me sentei na cama. - por que já está acordada tão cedo?
— bom, lembrei do emprego , aí lembrei dos emails dizendo que fui aceita e não consigo mais dormir por estar ansiosa para amanhã.
— aí meu Deus, volte a dormir , é cedo ainda! - joguei um dos travesseiros em sua direção.
— não consigo , estou muito animada , talvez foi as duas xícaras de café , mas ainda sim não vejo a hora de chegar logo amanhã.
— em menos de vinte e quatro horas você irá surtar. - me arrastei até sair por completo da cama.
— não consigo evitar , esperei tanto por isso que agora que consegui não consigo me acalmar. É como se tivesse uma bola de fogo dentro da minha cabeça consumindo toda minha sanidade.
— sinto muito por não poder prestigiar sua animação do dia , mas preciso ir trabalhar.
— o quê? Achei que iríamos sair hoje.
— mas estou trabalhando hoje , não posso.
— no domingo ? Eles estão te pagando por isso?
— não quanto eu queria que pagassem , mas o suficiente para não desperdiçar a oportunidade , tá sendo necessário no momento.
— que horas vai sair ? Podemos ver se dá para fazer alguma coisa.
— as sete e meia mais ou menos.
— nem nos meios de semana sai esse horário. Isso uma hora se torna exploração. - olhei pra ela que levava a xícara branca , provavelmente tendo café , até a boca.
— não tenho muito o que fazer , foi o único trabalho bom que consegui depois do fracasso como voluntária naquela escola.
— pelo menos não trabalhava aos domingos.
— mas em compensação levei um murro no estômago de uma criança no meu segundo dia. - ela riu por lembrar da história. - tenho traumas de crianças até hoje por conta daquilo.
— a criança era uma pestinha , culpa dos pais não saberem educar. - concordei.
Recolhi algumas coisas do chão e me apressei em ir para o banheiro começar a me arrumar.
