Prólogo

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Autora

Era uma vez,  num reino não tão distante assim, dois irmãos, Sirius e Regulos. Eles eram os príncipes do reino de Hogwarts, mas, antes de tudo isso, por baixos de todos os seus títulos e educação, eram apenas duas crianças, que queriam divertir-se.

Mas a diversão não era para eles, nem amigos eles tinham permissão para fazer. Felizmente, eles tinham-se um ao outro, porém, será que isso será suficiente?

 Regulos

Regulos-7 anos/ Sirius- 9 anos

Gritos por todo o lado, é o que eu oiço. Mas como me posso preocupar com algo tão banal, quando o meu irmão está aqui comigo?

Ele tenta abafar a discussão dos nossos pais, tapando-me os ouvidos, abraçando-me, rindo para mim, contando-me piadas, e contando-me histórias.

O melhor contador de histórias do planeta! Ele diz que eu ainda sou muito novo para afirmar com tanta  certeza, afinal, ainda não  conheci contadores de histórias suficientes para o afirmar. Mas, lá no fundo, eu sei que tenho razão.

Eu adoro o meu irmão,  e sei que os meus  pais também o adoram, só têm dificuldade em no mostrar. Chamam-lhe de vários nomes, a mamã gosta especialmente de bastardo, apesar de eu não saber o que significa, e culpa sempre o papá por esse erro. Eu não acho que Sirius tenha sido um erro, afinal, como é que um erro pode ser tão perfeito?

Ele é o meu herói, e como não podia ser? Desde que me conheço por gente, ele tem estado sempre lá para mim, quando fiz dói-dói ao cair da bicicleta, quando me aleijei ao tentar subir uma árvore, e ainda levei ralhate, porque a mamã disse que isso não era um comportamento digno de um príncipe.

-Sirius.- chamei, puxando a sua manga. Estávamos escondidos debaixo da minha cama, como sempre fazíamos quando os papás discutiam. Era o nosso lugar seguro, apesar de que a mamã não gostava de ver Sirius dentro do meu quarto. Na verdade, não gostava de ver Sirius ao pé de mim em geral.

-Diz, mon petit.- eu adorava quando usava aquele apelido comigo, era uma coisa só nossa.

-Podes contar-me uma história?

-Claro, qual é que queres ouvir?

-Hmm- esforcei-me por pensar.- Alguma que nunca me tenhas contado.

-Estás mesmo a facilitar-me o trabalho, não é Regulos. Ok, uma história que nunca te tenha contado. Já ouviste falar da rainha Cinderela?

-Não.

-Perfeito, será mesmo essa, então. Num reino muito distante,...

-Para.

-Porquê? Ainda nem comecei direito a história para tu já não gostares dela.

-Tu não começaste direito.

-Direito?

-Tens de começar com, Era uma vez, todas as grandes e boas histórias começam com, era uma vez.

-Tudo bem pirralho. Era uma vez, num reino muito distante uma rapariga que adorava o pai. Ele estava sempre a mima-la, sempre a dar-lhe presentes para compensar a morte da mãe dela.

-A mamã dela morreu?

-Sim, nesta história, sim.

-Que horror, não consigo imaginar viver sem a mamã.

-É, também não.- respondeu Sirius, parecendo ficar triste de repente.- Se calhar haveria muito mais silêncio. Já viste o quão estranho seria? Continuando. Ela sempre achou que seria ela e o pai contra o mundo, mas um dia, o pai conheceu alguém, uma madrasta muito má. Ela já tinha as filhas dela, e o padrasto tratava-as como se dele fossem, mas a Cinderela não teve a mesma sorte com a madrasta.

Ser ou querer não serOnde histórias criam vida. Descubra agora