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Despertei sozinho na cama, mas logo percebi um bilhete em cima do travesseiro. Era do Alfa, dizendo que foi trabalhar, mas que faria de tudo para voltar cedo. Me espreguicei e levantei da cama. Fui direto para o chuveiro.

Enquanto a água caía sobre mim, eu pensei no beijo de ontem a noite. O alfa me pediu um beijo e eu não consegui dizer não. Foi incrível quando os nossos lábios se tocaram. Flash apareceram diante de mim. Era eu e o alfa, num lugar estranho, como se fosse um salão antigo. Foi tudo muito rápido, mas eu consegui sentir a conexão do passado e presente.

O alfa disse que foi lembrança da nossa vida passada, eu disse que não acredito nessas coisas, mas diante do que eu vi. Agora eu acredito. Temos uma ligação além do tempo, só isso explica esse turbilhão de emoções que estamos sentindo.

Acariciei meu ventre devagar, não vou negar que saber que estou esperando um filhote me abalou muito. Ter um filho agora, não estava nos meus planos, mas a aconteceu e eu não vou mais lutar contra meu destino. Vou amar e cuidar do meu filho.

Terminei meu banho, coloquei uma roupa e fui para a cozinha, abrir a geladeira e tinha uma bandeja com meu café da manhã pronto. Abrir um sorriso ao perceber um bilhete do alfa.

Se alimenta e descansa, seu alfa volta assim que puder.

Deixei o bilhete e peguei a bandeja, levantei para o balcão e logo me sentei. Olhei no relógio e era quase doze horas. Esse final de semana eu não trabalho e fico grato por isso. Comecei a comer e estava uma delícia, o alfa cozinha muito bem. Terminei de comer e estava lavando a louça quando a campainha tocou, achei estranho, quem será?
Enxuguei minha mão e fui atender a porta, assim que eu abrir, era uma senhora, muito elegante.

— Posso ajudar? — Ela me olhou dos pés a cabeça e entrou no apartamento sem a minha permissão.— Senhora, eu não lhe dei permissão.

— Eu não preciso de permissão para entrar no apartamento do meu filho. — Ela falou e eu engolir em seco. Oh céus, era a Omma do Alfa.

— Desculpa, eu não sabia.

— Eu vou ser bem direta. Espero que você seja também. O que está fazendo aqui?

— Eu moro aqui. — Ela me olhava com indiferença.

—  Então, é por sua causa que meu filho vive dando desculpas para não me encontrar.

— Senhora, eu...

— Cala a boca, eu vou falar aqui e você vai ouvir tudo calado. — Ela abriu a bolsa e pegou um envelope e jogou em mim. — Eu sei exatamente de onde você veio e sei qual é o seu plano. Ômega pobre que quer se dar bem a custa do chefe.

— Não, senhora

— Calado, eu não acabei de falar...— Ela praticamente gritou e eu já estava com lágrimas nos olhos.

— Eu vou te dar um aviso, você não vai conseguir o que quer, pode enganar o meu filho, mas a mim, você não engana. — Eu já estava chorando e abrir o envelope, tinha fotos minhas no trabalho, no estacionamento com Hoseok. Tinha fotos minhas em frente a esse prédio. — Você deveria saber que seu lugar não é perto do meu filho. Gente como eu, meu filho, não se mistura como gente como você. Eres um nada e você não vai ficar com meu filho.

—  Seu filho me marcou, a senhora não pode fazer nada  — Eu tive coragem e falei para ela.

—  Meu filho não vai ficar com você! — Ela disse com tanto ódio que senti um frio na espinha. Eu tive medo, muito medo. — Ele pode ter te marcado, mas isso para mim, não significa nada.

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