introdução

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- Sana você tem certeza que tá tudo bem?

- Essa viagem vai ser um saco, mas preciso ir né

- Paris gata, vai que você arranja uma francesa pra você.

- E ficar nesse inferno fedido? Jamais Momo, prefiro ficar solteira.

- Olha que vai pagar com a boca hein.

- Haha, eu te aviso se isso acontecer.

- Sua ironia fede mais que o metrô de Paris Sannie.

- Tanto faz, vou desligar meu voo chamou agora.

- Quero presentes e não aceito um não como resposta.

- Vou trazer a caneta do hotel.

- Melhor que qualquer coisa que você escolha com esse teu mal gosto.

- Pois agora nem ela eu levo.

Frustrada, era assim que Sana se sentia enquanto se acomodava em seu assento no avião.

A pior parte do seu trabalho era ir supervisionar a filial em Paris. Sana odiava Paris e muitas coisas que envolviam a cidade, a França era um saco, as pessoas ranzinzas demais para o seu gosto, o hotel sempre estava uma bagunça quando estava presente e o cheiro da cidade era terrível.

Um suspiro cansado saiu por sua boca enquanto colocava os fones e dava play em algo aleatório para relaxar, ela mal podia esperar para a bagunça que estava chegando em suas mãos.

A viagem foi rápida e logo ela já estava no carro a caminho do hotel.

Seu e-mail pipocava com instruções e pedidos surpresos.

Parece que além de resolver problemas, Sana também tinha virado guia e babá de algum herdeiro que os pais achavam que deveria se envolver com as coisas da família.

Sua atenção se voltou ao documento com algumas informações sobre a garota que iria ser sua assistente no tempo que ela ficasse ali.

Bom, Sana poderia aproveitar e fazer dessa garota alguém útil para que ela nunca mais pise em Paris. Ela só precisava treinar a garota bem o suficiente pra fazer as coisas rodarem sem parar 57 vezes.

Logo seu destino chegou e a mulher se dirigiu a recepção do hotel, suas chaves foram entregues e ela iria apenas tomar um banho e comer algo antes de conhecer essa garota.

Uma Sana um pouco menos estressada e cansada da viagem abriu a porta do escritório dando de cara com a garota que ela não estava nem um pouco animada em conhecer.

Os olhos castanhos se atraíram para o barulho da porta deixando de lado o notebook em sua frente.

- Bom dia senhora Minatozaki!

- Você não precisa me chamar assim, ainda não sou casada nem velha o suficiente para isso. Sana é o suficiente.

- Certo...

- Bom...Chaeyoung, certo?

- Isso mesmo sen-sana.

- Então Chaeyoung o que você sabe sobre o hotel?

Toda vez que Sana precisava lidar com algum desses herdeiros ela gostava de fazer essa pergunta, nisso ela testava o quão envolvida aquela pessoa estava e conhecia a própria empresa. 99% das vezes ela ouvia vozes gaguejando e rostos confusos, mas parece que Chaeyoung era aquele 1% pronta para surpreender.

- Você fez hotelaria, certo? Pela descrição que você fez parece que você não foi obrigada a escolher esse curso.

- Eu...gosto de construções e administração, me sinto em um Monopoly na vida real.

Talvez a risada de Sana tenha deixo Chaeyoung um pouco desconcertada, ela vivia esquecendo de ligar seu filtro quando estava conversando sobre as coisas que gostava.

- Certo senhora Monopoly, eu vou ficar aqui pelo próximo mês então você tem esse tempo pra aprender a fazer esse lugar girar. Preparada para essa corrida contra o tempo?

- Mais do que preparada.

Sana estaria mentindo se não estivesse achando a garota um pouco interessante, ela sentia curiosidade em saber até onde ela chegaria.

Paris para dois • SACHAENGOnde histórias criam vida. Descubra agora