- ☆ - Roier sabe, desde que chegou na prisão, que ama aquele garoto que dividia cela contigo. Seus olhos castanhos e seu jeito rebelde o deixava extremamente alucinado.
Roier >quer< aquele garoto para si, nem que tenha um prazo de 5 capítulos para p...
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Roier, com seu olhar profundo e expressão imperturbável, trajava uma roupa de presidiário de cor laranja vibrante, destacando-se contra a monotonia do ambiente ao seu redor. O número 027 estampado no peito da vestimenta era como uma marca indelével de sua condição. Cada passo que ele dava ecoava pelo corredor frio e impessoal da instituição correcional.
Seu cabelo castanho, meticulosamente cortado ao estilo americano, não conseguia esconder a aura de mistério que o envolvia. As cicatrizes abaixo de seus olhos, simetricamente dispostas, contavam histórias silenciosas de um passado sombrio. Pareciam ter sido esculpidas com precisão, como se a vida de Roier fosse uma narrativa escrita nas linhas marcadas em sua pele.
As algemas, frias e metálicas, envolviam suas mãos na frente do corpo, um lembrete constante de sua restrição e da presença inescapável da lei. Seu andar era firme, quase desafiador, como se cada passo fosse um ato de resistência silenciosa contra o destino que o aguardava. Os policiais altos, robustos e com olhares severos, flanqueavam-no, guiando-o pelo caminho predestinado.
O corredor, com suas paredes cinzentas e iluminação austera, testemunhava a cena silenciosa de Roier avançando em direção ao desconhecido. Seu rosto, por mais marcado que estivesse pelas cicatrizes, exibia uma calma que beirava o enigmático. Era como se, por trás da fachada de tranquilidade, houvesse um oceano de segredos e mistérios, guardados a sete chaves.
A atmosfera pesada do ambiente contrastava com a figura intrigante de Roier, criando um cenário onde a curiosidade e o medo dançavam em um delicado equilíbrio. E assim, entre as sombras do passado e as correntes do presente, Roier continuava sua jornada, deixando para trás um rastro de incertezas e interrogações
- Uma pena um cara tão jovem como você, ter infringido a lei de uma maneira tão severa, pra merecer uma perpétua. - Um dos grandes guardas disse, quebrando o silêncio do local.
Roier ergueu levemente o olhar, seus olhos profundos faiscando com uma chama de ironia. A voz escapou de seus lábios como um sussurro gotejante, carregado de desdém.
- Perpétua, meu caro guarda? Ah, que honra imaginar um futuro tão longo e promissor dentro destas paredes cinzentas. Mas saiba, cada barra desta cela é apenas uma página virada de uma história que ainda está sendo escrita.
Os passos de Roier mantiveram seu ritmo inabalável, desafiando a autoridade que o acorrentava. Suas palavras ecoaram no corredor, que parecia murchar diante da presença magnética do prisioneiro.
