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Chapter 6

(Flashback)
Ana Júlia point of view
City of Green, Monday 9 p.m.

Hoje o dia foi produtivo, fui pro treino, dei entrevista, fiz propagandas é... Pra falar a verdade, nada fora do comum.

Ainda consigo fazer um pouco de academia aqui em casa, mesmo estando exausta. Termino de fazer a esteira vou em direção ao meu quarto pegar uma toalha, a única coisa que preciso é de um banho quente.

[Message]

Esse cara vive me enchendo, vive me fazendo ameaças, mas os dias dele aqui fora estão contados, amanhã mesmo vou fazer uma denuncia

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Esse cara vive me enchendo, vive me fazendo ameaças, mas os dias dele aqui fora estão contados, amanhã mesmo vou fazer uma denuncia. Desligo o celular e vou ao banheiro, quando saio escuto a campainha tocando, coloco uma roupa rápido e vou ate o andar de baixo. Abro a porta e não tem ninguém.

- Crianças malditas - falo pra mim mesma e fecho a porta, vou em direção a sala, me sento no sofá ligo a tv e escuto a campainha novamente.

Respiro fundo, levantei, abri e não vi ninguém novamente, só devem está de palhaçada. Volto a sala, não passa 2 minutos e escuto a campainha novamente, decido ignorar, mas depois de alguns segundos tocam novamente, várias vezes de uma vez, levanto furiosa e abro a porta.

- Mas que caralhos - já estava com raiva enquanto olhava a parte de fora da casa procurando alguém, não encontro - Vou reclamar com os pais desses garotos - viro de costas pra entrar em casa

Não sei o que aconteceu, apenas senti alguém me agarrando por trás e colocando um pano no meu nariz e boca, tentei lutar, mas a pessoa era mais forte que eu, acabei desmaiando.

(Atualmente)

Agora, eu tô em um quarto até que agradável, eu estou tracanda aqui faz mais ou menos três dias, eles me dão o que é necessário, porém quando não os obedeço eles me levam para o porão e me torturam, dói muito, mas aguento calada
tenho manchas roxas, feridas e cortes por todo o corpo.

- É garota, você tá sobrevivendo bem - um dos caras que me vigiam entra no quarto - Se arruma, vamos dá uma volta

- Pra onde vocês vão me levar? - Pergunto com a voz um pouco falha

- Isso não te interessa, você só vai, anda logo, ah o chefe quer que você use essa roupa aqui - ele foi até a saída e bateu a porta com força

Me levantei do chão onde eu tava e fui até a cama, lá tinha um vestido vermelho com bastante brilho, e um salto, provavelmente vou acompanhar aquele imbecil em algum evento. Respiro fundo vou até o banheiro e faço o que tenho que fazer, coloco a roupa logo depois o sapato arrumo o cabelo e faço uma maquiagem.

Depois de um tempo, alguém abre a porta novamente, e é o próprio satanás, ele vem com aquele sorriso diabólico e tenta me abraçar por trás, não consegue pois eu saí.

- É bom você ser bem educada e agir bem comigo, se não quiser ficar mais marcada - Ele me olha com desprezo

- Aonde você vai me levar? Hein seu merda? - Eu não sei o que deu em mim, não aguentei, ele parece não gostar da minha atitude, se aproximou e me deu um tapa

- O que eu falei sobre me respeitar? - pegou meu rosto com uma certa força me fazendo fechar os olhos

O que eu fiz pra chegar a esse ponto? A verdade é que ele sempre foi abusivo, foi por isso que terminei com ele. Ele era egoísta só se importava com ele mesmo, além de ser super machista. Mas isso não é desculpa, eu confesso que tenho uma certa culpa nisso, não o tirei da minha vida a tempo e não fui atrás do meu sonho de forma correta, deixei todo pro mais fácil. Ele era meu namorado na época fui na confiança, quando fiquei famosa achei que por ter dinheiro iria me livrar dele facilmente, vejo que tava errada pra porra.

- Vamos logo amorzinho, o carro está a nossa espera - Ele falou esticando a mão pra que eu a pegasse, assim fiz.

Saímos da casa e fomos até o carro que estava a nossa espera. Fomos em silêncio até uma espécie de boate, entrando lá se tratava de uma espécie de bordel. Tinha homens e mulheres de idades variadas, mas o que me deixou surpresa foi as mulheres que provavelmente trabalhavam lá vendendo seus corpos, claro que eu sabia que coisas assim existiam, mas não imaginava que ia ver isso de perto.

- Gostou do lugar? Vai ser sua nova casa - A criatura falou e eu arregalei os olhos o encarando

- O que?! - Só tive coragem de perguntar

- Você vai trabalhar aqui, mas lembre-se, você ainda me pertence, é melhor obedecer eles, os castigos são piores - Ele sorri

- Piores quanto? - Fui audaciosa

- Pior ao nível de darem um tiro na sua cabeça - Ele sussurrou pra mim

- Porque você tá fazendo isso? - Não ouve raiva ou qualquer tipo de ódio apenas lamentos.

- Por que você merece - Ele pegou no meu rosto e soltou logo em seguida

Me puxou para uma sala onde tinha um homem e duas mulheres do lado dele. As mulheres usavam vestidos extremamente curtos e saltos a sala fedia a cigarro.

- Aqui está ela - O desgraçado parecia feliz em me anunciar

- Essa é a garota que você tanto fala? - O homem perguntou

- Sim! Minha bela garota - Passou a mão pele meu cabelo

- Realmente, bela - O nojento do velho a nossa frente me olhou - As garotas daqui normalmente são bem educadas e finas

- Não se preocupe senhor, ela vai ser uma ótima garota - eles estão falando como se eu fosse um animal

- Acredito em você meu homem de confiança - eles trocaram sorrisos

- Benzinho, você vai ficar sozinha daqui em diante, se comporte - e ele fala como se tivesse deixando uma criança em uma creche

- Não! Por favor, eu faço o que você quiser, não me deixa aqui - Imploro, mas parece não adiantar

- Amor, que modos são esses? Eles vão ficar chateados - ele pega no meu rosto novamente um com uma certa força - você vai ficar bem, aproveite - ele da as costas

- não! Por favor! - ele sai e fecha a porta no meu rosto

A minha realidade está sendo literalmente ser garota de programa, tenho que fazer isso se eu quiser sobreviver e ter uma esperança de sair daqui um dia. Não está sendo nada forte da minha parte ficar chorando aqui no chão, não quero vender meu corpo, sou mais que isso.

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⏰ Última atualização: Dec 20, 2023 ⏰

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