Capítulo 22

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Priscila Caliari P.O.V

Carol é linda pela manhã. Ela ainda está dormindo, deitada de lado, de frente pra mim, com os lençóis enrolados em torno dos quadris. Seus cabelos emaranhados atrás dela como uma cascata de chocolate. Graças a Deus ela não está usando aquele pijama horroroso novamente. Sua blusa branca transparente tem um decote que mostra o vale profundo do seu seio e está enrolada expondo a extensão suave e macia de sua barriga.

Esqueça o linda, ela está incrivelmente gostosa. Eu quero correr minha língua por todo seu seio, provocar seus mamilos através do tecido fino até eles ficarem duros e ela acordar, gemendo meu nome com as mãos enterradas no meu cabelo.

Não vai acontecer, eu sei. É da Carolyna que estamos falando. Cada vitória é uma conquista, e cada vez que eu me aproximo, ela se afasta dois passos.

Mas uma garota pode sonhar.

Com os olhos ainda fechados, ela se espreguiça, deixando escapar um pequeno suspiro enquanto suas pernas se arrumam sob a roupa de cama. Eu aprecio o momento, a admirando enquanto ela acorda. Minha rotina de solteira não incluia festa do pijama ou café da manhã na cama no dia seguinte. Mas se é assim que eles são, conte comigo.

Depois de um momento, ela abre os olhos.

— Oi — eu digo.

Ela engole, seu olhar caindo no meu como se ela soubesse que eu a estava assistindo acordar.

— Oi.

— Você está pronta pra hoje? — Depois que acalmei seus nervos em frangalhos, passamos horas e horas na noite passada repassando e ensaiando o meu plano.

— Você realmente acha que isso pode funcionar? — ela pergunta pela centésima vez.

Mas eu entendo porque ela está nervosa. Estamos prestes a ir de igual para igual com um dos maiores pesadelos da sua vida.

Sentindo uma onda de protecionismo, eu respondo com paciência:

— Eu sei que vai. — Homens como o Sr.Paz são fáceis de manobrar. Tudo o que eles se preocupam é com seu ego, e uma vez que se ameaça isso, eles recuam como garotos no ensino funtamental.

Eu empurro os cobertores e sento. Há um chuveiro quente me chamando e um café da manhã para preparar.

— Deus do céu —  carol gagueja, os olhos colados no lugar onde algo está tentando escapar da minha cueca.

Desce, amigão.

Eu sorrio para ela.

— O que? Ele sentiu sua falta.

Seus olhos levantam para o meu.

— Sério? Você está feliz que eu voltei?

— Claro que estou. Que pergunta é essa? — É como se ela estivesse constantemente me testando, aguardando eu escorregar e dizer que cansei dela e desse jogo que estamos jogando. Mas pra mim não é só um jogo.

Eu quero dizer a ela que eu fiquei acordada por dez minutos, admirando a vista, e o fato do meu pau estar duro é culpa toda e exclusivamente dela. Mas eu seguro minha língua, certa de que admitir isso irá assustá-la.

— Eu só pensei... quando eu saí...— Ela faz uma pausa. — Eu tinha certeza que tinha estragado tudo.

Tê-la de volta aqui em nossa cama me deixou feliz por não ceder a todos os instintos mais básicos que me disseram para foder com metade de Marathan quando ela foi embora. Eu pego a ponta do seu queixo até obrigá-la a me olhar nos olhos.

— Você tem que se redimir um pouco, mas nada está arruinado.

Ela balança a cabeça, alívio e gratidão brilhando em seus olhos. E outra coisa também, algo tão quente, algo que não me atrevo a nomear, muito menos ter esperança por isso.

Imperfect Love-Capri G!POnde histórias criam vida. Descubra agora