Um único gol foi capaz de mudar o rumo de uma nação.
Uma coroa foi o suficiente para mudar uma vida.
Durante a competição internacional mais aclamada por todos os países do mundo, uma calamidade foi capaz de transformar a final da copa do mundo em...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois de sair da sala de reuniões, corri sem parar até voltar ao meu quarto. Acabei de receber o pior tipo de presente de aniversário de todos os tempos.
Agora, além de perder meus pais, decidiram que preciso me casar dentro de alguns meses com um completo desconhecido que foi escolhido por terceiros.
Quando bati a porta dos meus aposentos, dobrei os joelhos ao lado da cama e me permiti chorar sem parar. Poucos segundos depois, Sofia entrou no quarto, alegando que ouviu a batida e meus passos no corredor, mas interrompeu seu caminhar assim que me viu.
Tentei secar as lágrimas e mostrar um sorriso, mas foi tão inútil quanto secar um rio com um pano de chão.
- O que houve? - perguntou, abraçando-me.
- Oh, Sofi... - choramingo, apertando-a contra mim. Depois de alguns segundos, ela se afasta o suficiente para olhar para mim, confusa. Soluçando entre as palavras, digo: - Eu... Eu já sabia que minha vida sempre seria controlada por eles, mas... Mas não imaginei...
- Acalme-se, Leo. Me explica direito. - ela passa a mão gentilmente em minha bochecha molhada.
- Para assumir o trono preciso estar casada. - seus olhos se arregalam.
- O que? Papai nunca nos disse isso. - ela exclama, assustada - Precisa se casar antes da coroação? - assinto - Isso é impossível. Você nem gosta de alguém, como poderá se apaixonar, noivar e casar em tão pouco tempo? Você é muito jovem ainda. - soluço, desesperando-me ainda mais.
- Eu não vou precisar escolher. - mais confusa ela fica.
- Não estou entendendo.
- O parlamento escolheu para mim. - seus lábios se entreabem em puro choque.
- O que? Quem? - nego com a cabeça.
- Eu ainda não sei. Mas alguém importante. Com títulos. - dou de ombros - Oh, Sofi. Eu não estava preparada para isso. Nunca imaginei...
- Sshh! - diz, afastando meus cabelos - Acalme-se, vamos dar um jeito nisso. Nosso pai escolheu com quem se casar. Casamento arranjado ficou no passado, Leo.
- Não para rainhas legítimas. - explico - Está na lei. A herdeira da Espanha precisa se casar com alguém com título e aprovado pelo parlamento. - seus ombros caem, como se ela finalmente tivesse compreendido a gravidade da situação e que eu não teria uma válvula de escape.
Sua mão desliza por meu braço enquanto não consigo me controlar. Seus olhos ficam perdidos em algum ponto que não conheço, mas como se estivesse ponderando algo.
- O que está pensando? - pergunto, sentindo minha perna adormecer por tanto tempo na mesma posição.
Ela engole em seco antes de responder.
- Você nunca vai poder escolher amar alguém. - diz, assustada - Seu primeiro beijo; A possibilidade de um namoro; Tudo foi roubado de você. - sim. Eu já sabia. Mas não deixa de ser um soco no estômago.
