𝑺𝒐𝒃 𝑷𝒓𝒐𝒕𝒆𝒄̧𝒂̃𝒐 [+ 18]

Certo e errado

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A missão foi um sucesso,ao contrário da outra,eu estava mais tranquilo porém algumas coisas ainda me tiravam o sono,Aurora ser adotada por exemplo,isso era uma delas imagino quão desapontada ela vai ficar quando souber,basta o pai dela sair daquele maldito coma,por sorte meu tipo sanguíneo era o mesmo que o dele,então eu doei,não me custou nada e também o velho já estava com o pé na cova

Caminhei pelos corredores da base,o som alto de meu coturno acoando pelos cantos,Price precisava falar comigo,não entendi o motivo mas não questionei afinal ele era meu superior,mesmo que a maioria da vezes fosse um cretino ainda assim eu ainda o devia respeito e obediência,infelizmente

- Capitão - disse ao abrir a porta - Price estava sentado do outro lado da mesa,o mesmo fez um gesto para que eu me sentasse a sua frente e eu fiz

- Vou ser breve Simon,sei que você é Konig querem ir para casa após uma longa missão - ela diz se inclinando sob a mesa de madeira entrelaçando os dedos - Aquela tal garota que está com vocês

- Aurora? - perguntei

- Isso - ele coçou a barba - vou ser bem sincero Simon,você é Konig tiraram ela e o pai daquela fazenda no México e os trouxe para cá,sei que eles te ajudaram mas sinceramente acho que isso eventualmente pode se tornar um problema - Arqueei a sobracelha por baixo da máscara,porra,onde ele queria chegar ?

- Que tipo de problema? - Pergunto

- Marakov claro - ele diz - estamos atrás do desgraçado a meses e até agora ele sempre está um passo à frente,imagine se ele põe as mãos nessa garota e tenta usá-la ao seu favor,chantagear você ou até mesmo o Konig - suspiro ao ouvir cada asneira que sai de sua boca - você eu sei que não sucumbiria mas Konig? - ele ri - Porra,aquele ali fica obcecado por qualquer par de saias e seria capaz de tudo para protege-lá,até mesmo trair a equipe - aperto o braço da cadeira com força sinto meu sangue se acumular sob a ponta de meus dedos

- Onde quer chegar Price? -pergunto impaciente

- Simon,o que fazemos quando pessoas começam a se tornar um incômodo ? - arregalo os olhos,não...ele estava blefando - Matamos - suas palavras são como um soco em meu estômago

- Quer que eu mate Aurora e o pai? - pergunto por confirmação e ele assenti

- Vai ser fácil,você tem acesso ao hospital e a garota mora com você,não estou dizendo que precisa ser algo brutal,apenas,de um jeitinho - ele pisca para mim e eu sinto Ânsia,nojo,que vontade de esmurrar aquele rosto até não sobrar mais nada alem daquele bigode horrível e sangue podre

Eu devia lealdade a ele e a força tarefa,aquilo iria contra tudo aquilo que eu um dia acreditei,fiz um juramento,porra,eu fodi a minha vida em troca de nada!,lutei em guerras,matei pessoas,havia mais sangue inocente em minhas mãos do que armas na mão de italianos,cassete! eu me afundei nas bebidas,frequentei ao psicólogo eu estava indo bem,não tive mais recaídas as crises e as vozes não me atormentavam mais e as noites só serviam para dormir e nada mais,de um lado estava a companhia que eu servi e continuo servindo durante anos e no outro uma garota que eu conheci há duas semanas