Levantei meus pulsos, a adrenalina bombeando em minhas veias enquanto desferia golpes na cara daquele filho da puta. Quem ele pensava que era para tocar no meu melhor amigo? Seus olhos imploravam entre lágrimas, suplicando para que eu cessasse.
- Isso é só o começo. - Deixei escapar uma risada sarcástica.
Meus punhos encontraram o rosto dele, soco após soco, enquanto ele tentava desesperadamente se esquivar. A pele cedia sob a força dos golpes, e a textura áspera dos ossos se fazia presente sob meus nós dos dedos.
"DIANAAAAAAA." O grito do diretor ressoou como se tivesse disparado uma sirene.
Deixei o cara no chão, finalizando com um chute digno de filme de ação. O diretor me encarou com uma mistura de fúria e incredulidade, enquanto eu respondia com um sorriso.
"Ei, o céu tá fazendo bonito hoje, hein?" Comentei, sorrindo como se não tivesse acabado de quase matar alguém.
"Diretoria AGORA!" Ele berrava, cada palavra parecendo um trovão.
"Relaxa aí, moço, sem essa agressividade toda." Soltei, acompanhado de um sorriso sarcástico.
Ele me observou dos pés à cabeça, percebendo que minhas roupas estavam mais vermelhas do que a passarela de uma premiação sangrenta.
"MINHA SALA AGORA!" Gritou o diretor, ajudando o menino caído no chão, sua voz ecoando pelos corredores da escola, causando uma sensação de urgência e preocupação.
À medida que avançava em direção à sala do diretor, sentia o peso dos olhares chocados dos alunos sobre as minhas roupas manchadas de sangue. Murmúrios e expressões de espanto revelavam que algo incomum e perturbador estava acontecendo. No entanto, uma calma racionalidade guiava minhas ações, uma determinação firme manifestando-se em meu rosto, impedindo qualquer sinal de medo ou apreensão visível.
Meu melhor amigo se aproximou no caminho, sua expressão preocupada ecoando a apreensão que ele sentia. Nossos olhares se encontraram, transmitindo uma comunicação silenciosa repleta de confiança mútua e compreensão.
"Não se preocupe, este sangue não é meu", disse, mantendo o tom firme e confiante para tranquilizá-lo. Apesar da tensão no ar, meu semblante seguro e tranquilo não deixava espaço para dúvidas ou medos perceptíveis.
"Di, o que você fez?" Ele murmurou, olhando para a cena com olhos arregalados.
As palavras do meu amigo ecoaram em minha mente como um alerta insistente. Seu tom de voz quase choroso revelava a gravidade da situação e a profundidade de sua preocupação por mim. Ao ouvir suas palavras, percebi que estava envolvida em algo sério e perigoso, e uma sensação de medo e vulnerabilidade começou a se instalar dentro de mim. O que será que está acontecendo?
O diretor adentrou, lançando-me um olhar perplexo tingido de raiva. Em resposta, esbocei um sorriso, observando-o fixar-me com uma seriedade que incitava minha apreensão.
"Você tem noção de quem enfrentou?" Relatou com gravidade.
"Uhh", murmurei, adotando uma expressão pensativa. "Não", respondi ironicamente.
"Juan Torres, seu pai e líder de uma das maiores máfias da Colômbia", revelou ele, carregando suas palavras de preocupação.
"Você está sentenciada à morte", proferiu, mantendo seu olhar sobre mim.
Contemplei-o em silêncio. Fui suspensa por duas semanas, e o diretor determinou que devo mudar-me de país nesse intervalo. Não me atrevo a antecipar a reação de minha mãe. Ao encontrar meu amigo, compartilhei toda a situação; ele se entregou às lágrimas. Ofereci-lhe apenas um abraço, entrelaçado com palavras de consolo.
Ao partir, percebi minha raiva fervilhando, sem arrependimentos pelas minhas ações. O medo que estava sentindo era compreensível. Aquele indivíduo merecia as piores consequências por ter assediado meu melhor amigo. Apesar de termos alertado o diretor repetidas vezes, ele nunca se importou. Agora, ao buscar justiça por minhas próprias mãos, encontro-me sujeita a morte. É frustrante lidar com essa situação.
Ao chegar em casa, deparei-me com um silêncio opressivo. A calmaria, tão familiar, adquiriu uma tonalidade diferente desta vez. Notando um bilhete deixado por minha mãe, abri-o curiosamente. Suas palavras pesaram em meu coração, revelando uma viagem de última hora. Soltei uma risada, já que tanto ela quanto meu pai raramente têm tempo para mim. Contudo, agora, isso não me afeta mais.
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𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 - 𝙏𝙤𝙠𝙮𝙤 𝙍𝙚𝙫𝙚𝙣𝙜𝙚𝙧𝙨
FanfictionDiana é uma garota rebelde e corajosa, que não leva desaforo para casa. Quando ela defende o seu melhor amigo de um assédio, ela acaba se metendo em uma grande confusão. O agressor é filho do líder de uma das maiores máfias da Colômbia, que jura vin...