𝐏𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐨

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Meu corpo lateja de dor enquanto acordo em meio a cacos de vidro e sangue espalhado por toda parte

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Meu corpo lateja de dor enquanto acordo em meio a cacos de vidro e sangue espalhado por toda parte.

Não consigo pensar em nada, minha mente está vazia, solitária, e não me recordo de nada além de vultos e incertezas.

Na minha cabeça ainda ecoam os gritos e a batida pertinente, indo e vindo como um loop.

Não consigo sentir meu corpo, nem minhas pernas. Apenas sinto uma dor constante em meu braço esquerdo, e quando o olho uma das portas do carro está em cima do meu ombro.

Sinto meu rosto molhar e arder pelas lágrimas que escorrem sobre os machucados existentes em minhas bochechas.

Levanto um pouco a cabeça e consigo ver e ouvir pessoas gritando e apontando para nós. Mas, não se passa muito tempo e tudo volta a ficar escuro.

Acordo novamente e já não sinto mais o peso sobre meu braço. Olho para cima e vejo mãos passando algo em meu rosto. Desvio meu olhar para o lado e meu corpo todo congela quando vejo minha mãe tentando pegar Amy no colo, e meu pai sendo levado às pressas por uma ambulância.

-Papai! -Grito com dificuldade tentando levantar, mas as mãos me impendem grosseiramente.

Você já deve ter escutado aquela famosa frase, "a vida é feita de escolhas". Porém, nem todas elas somos nós que decidimos, e nem todas elas sabemos suas consequências.

Então, porque que somos tão julgados por essas escolhas?

Uma pessoa, não sabe que se apenas experimentar o cigarro, vai virar um viciado. Mas mesmo assim é julgado.

Uma pessoa, não sabe que aquele relacionamento antes perfeito, vai se tornar seu pior pesadelo. Mas mesmo assim é julgado.

Uma criança, não sabe que se expor seu número de telefone na internet, vai acabar caindo nas mãos de um pedófilo. Mas mesmo assim é julgada.

Uma pessoa, que no calor do momento acabou transando sem camisinha, mesmo não querendo, é brutalmente julgada.

Ninguém às ajuda, ninguém entende suas dores e a acolhe.

Mas é se.....

E se essas escolhas não forem por acaso, forem destino?

Um ex-viciado poderia abrir uma clínica de reabilitação, e ajudar pessoas que já foram como ele.

Um ex-amante, pode se tornar psicólogo ou terapeuta e ajudar seus pacientes a saírem de relacionamentos tóxicos.

Uma ex-assediada, pode criar um aplicativo para os pais monitorem o celular da criança, ou então, fazer artes marciais, para ensinar mulheres a se defenderem.

Uma mãe, ou um pai, podem se tornar os melhores pais do mundo, e ajudar um orfanato, acolhendo crianças que tiveram pais na mesma situação.

Mas mesmo assim...

Ninguém escolhe suas dores, mas é obrigado a conviver com elas.

E esse epílogo meio filosófico, gostaram??

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E esse epílogo meio filosófico, gostaram??

Quando tiver 5 votos eu posto o capítulo 1 hehehe.

Amo vocês!

Meu querido desejo Onde histórias criam vida. Descubra agora