Je t'aime

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"Eu te amo".


Amithy Affleck, mas conhecida como Amy, sempre ouviu isso quando criança. Quando era colocada de castigo por ter errado uma conta matemática, ou por ter colocado um utensílio no lugar errado, ou por ter aberto a janela do seu quarto de noite.

Não importava o motivo, o que importa é que quando era castigada, empre apanhava, e muito. E, literalmente, com tudo... Uma sessão de tortura, que seus pais a proporcionavam por causa de coisas bobas.
Depois disso, eles falavam uma frase, que ficou marcada na sua cabeça;


"Eu só faço isso, porquê eu te amo, Amy."


Cresceu e viveu com um único pensamento; "O amor dói?"

Era apenas uma criança, era inocente demais para perceber o errado e o certo. E isso prejudicou muito a sua vida, principalmente, na sua vida amorosa.

Já conheceu alguém antes, um rebelde, mas que era simpático, bonito, educado, e nunca fez mal nenhum com ninguém. Era, perdidamente, apaixonada por ele. Mas sua ansiedade e a insegurança sempre piorou as coisas!

Seu nome? Como poderia esquecer? Dave Mayfield. Ele foi seu primeiro namorado, nunca a machucou, nunca a humilhou, fazia questão de dizer para ela, todos os dias;


"Eu nunca me apaixonei por uma moça tão perfeita como você, Amy".

Dave era perfeito, mas seus pensamentos da sua versão de cinco anos de idade sempre estragava tudo.


"E se ele me machucar? E se eu não for o suficiente para ele? Será que ele me ama mesmo? O que ele viu em mim...?"


- Oh, filho da puta! - Saiu de seus pensamentos quando a voz de seu atual namorado soou - que seus pais obrigaram a ficar com ele. Olhou para onde vinha a voz, e sentiu uma pontada em seu coração, ao ver que Jeffrey estava ali, fumando seu cigarro.


Lembrou de Dave mais uma vez, ele também fumava, mas não o tempo inteiro como o seu atual. Lembrou de seu sorriso zombeteiro, quando xingava Deus e o mundo perto de Amy, só para vê-la irritada e esperando ser repreendido pela mesma. Se sentia uma tola por ter o deixado e obedecer os seus pais.


- Por que "cê" tá calada? - Perguntou o outro sem ânimo.


- Eu... Só quero apreciar a vista. - Murmurou.


- Pra quê apreciar essa bosta, se você pode apreciar coisas melhores? - Disse em tom malicioso.


- Eu não quero isso... - Murmurou com medo. Ele parou o carro e puxou seu cabelo com força.


- Mas eu quero! - Esbravejou.


Ele tentou arrancar suas roupas, a obrigando a deitar no banco.


Estavam em um lugar deserto, ninguém a escutaria ali. Ninguém escutaria seus gritos, seus pedidos de ajuda, não escutariam nada...


Doía. O "amor" de Jeff doía.


Seus pais sempre a afastava de coisas que a faziam feliz. Primeiro os seus irmãos, depois os seus amigos, seu trabalho, depois suas aulas de natação, depois de sua cidade, depois de seu cachorrinho, e agora, a afastou de Dave...

Eu te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora