Introdução

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Todos sabemos dos contos de fadas, mas nesse lugar, são contados diferentes. Uma escola onde os alunos são medidos pelo poder, suas habilidades, e quais poderes você tem. 

A minha... "sorte"... foi nascer em uma família em que tudo, e eu digo, literalmente TUDO, já tenha sido escrito. Uma família extremamente influente, da realeza, com tradição, considerada conto de fadas, por ter sua história definida desde nascença, na verdade, desde que está na barriga da mãe.

Quando nasci, já tinha minhas obrigações, meus afazeres, meus deveres. Fui educada para o que eles planejaram, ser inteligente, dócil, gentil, sorrir sempre não importasse o que acontecesse, submissa ao meu marido, pois a coisa mais importante era ver ele feliz. E esse foi o resumo da minha vida, e quando passei a morar no colégio no ensino médio, era o resumo das minhas férias por apenas residir na própria escola durante o período de aula.

Eu nunca reclamei, até porque eu gostava do meu futuro, da minha história, do meu destino. Iria me tornar Rainha, uma boa, gentil, educada, amada por todos e seu marido, generosa, bondosa Rainha. Iria ter minha família perfeita. E isso parecia bom, afinal, era conhecida por todos no colégio, amada por todos, sempre ajudando todo mundo. Era incrível.

Mas só parecia bom, só parecia um conto de fadas. Eu não fazia ideia do que esperava por mim.

Falando um pouco do cara cujo estava destinada a ficar: Lindo, loiro, olhos verdes claros. Ele era a mais pura luz. Literalmente, seu poder era a luz. O aluno mais popular, lindo, e forte de todos. O favorito dos professores (isso era algo que tínhamos em comum, por motivos diferentes), o mais respeitado de todos entre os alunos, e temido. Mas tinham alguns alunos que só não gostavam dele mesmo, eles eram os que tinham algum poder relacionado a escuridão e trevas, mas nenhum em si era O poder da escuridão, somente relacionados. Esses eram os que a escola chamavam futuros vilões, temiam que se voltassem contra o colégio, ou que só se juntassem no futuro para matar a todos, ao menos tentar. Eu achava um absurdo julgar apenas pelo poder ou roupa, mas não conseguia fazer nada mesmo tendo influência nesse lugar.

Nós crescemos juntos, ambos já sabendo que iriamos nos casar, que o nosso destino era ficar juntos. E ele era perfeito, em tudo e em todos os sentidos. Mas o importante mencionar aqui, é o ERA na frase. Sempre fomos bem próximos e eu realmente amava ele, e ele parecia me amar. Mas, ele começou a ficar meio estranho no final do fundamental, no ensino médio só piorou, e agora estávamos no último ano e ele parecia... Frio. Ele estava distante, e só eu realmente estava tentando e me esforçando, e era o que eu deveria fazer, continuar fazendo, pois no final, iriamos nos casar de qualquer forma.

Bom, mencionar algo para entenderem melhor uma coisa que disse no começo, a escola era medida por poderes, o Light (o cara que eu iria me casar) era o único com o poder SS+, era o nível mais alto que alguém poderia ter. O meu era um dos piores, pois ninguém conseguia medir, eu não o usava muito, por muitos motivos, mas com isso, eu era considerada a mais fraca dessa escola. Ninguém, exceto Light, me lembrava disso ou  se quer me zoava, por, como eu disse, todos me amarem. Meu nível era o D+.  E haviam muitos níveis, a maioria entre A e A+, uma boa parte em B+, alguns entre B e B-, poucos entre as classes do C, raros com níveis S, como disse antes, somente o Light SS+, e também mencionado antes, eu, a mais fraca, com D+, a única na classe D do colégio.

Era pra ser mais um ano normal, o último ano do colégio, com tudo normal e costumeiro de sempre. Eu sendo a primeira da sala com minhas notas impecáveis (que era o maior motivo de ser a favorita dos professores junto de Light), fazer parte do casal modelo do colégio, ajudar a todos, venerar meu parceiro, Light sempre sendo o centro da escola, e por aí vai. Mas, aí, ele chegou, e as coisas iriam mudar drasticamente aqui.

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