Capítulo 147: Um Dilema Espinhoso

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Um bom número de pessoas acabou partindo, e entre elas estavam várias meninas que vieram se despedir de Turandokht. Destes, muitos eram na verdade mulheres e meninas Hu que foram vendidas aqui. Hongjun até reconheceu alguns jovens que tentaram solicitar seu negócio quando vieram para o Dez Li do Rio Celestial.

A-Tai e Turandokht falaram com o povo Hu, antes de A-Tai esboçar um mapa simples no chão, o que ele queria dizer era que, como eles foram deixados para trás, era melhor que partissem. Seria melhor que restaurassem sua própria liberdade e atravessassem as planícies de Guanzhong em direção a Liangzhou, onde poderiam voltar para casa.

As mulheres Hu e o povo Hu se curvaram diante de A-Tai, e A-Tai, Ashina Qiong e Turandokht ficaram na frente dos três. A-Tai fez o símbolo das chamas saltitantes com as mãos enquanto começava a entoar um encantamento. A luz das lâmpadas projetava longas sombras no chão, acompanhada pelas orações do povo Hu.

Essa foi uma elegia da tradição Zoroastriana. Não apenas garantiu que as almas daqueles que faleceram passariam pacificamente, como também rezaram para que Deus Mazda lhes concedesse paz. No final, o povo Hu ajudou uns aos outros quando partiram, seguindo o Dez Li do Rio Celestial.

Depois de uma batalha feroz, todos já estavam extremamente exaustos. Sob a liderança de Li Jinglong, eles chegaram à pequena loja de vinhos onde Hongjun e Li Bai se conheceram naquela época. O corpo inteiro de Li Jinglong pressionou Hongjun enquanto ele caia pesadamente. Seu corpo, com o peso da armadura, pesava quase duzentos e cinquenta jin* e fez barulho quando ele se sentou.

(n/t: *duzentos e cinquenta jin: seria em torno de 150 kg.)

"Além de Yongsi, todos nós finalmente estamos juntos", disse Li Jinglong.

O resto deles estava sentado ou deitado, descansando ali mesmo naquela loja de vinhos mal iluminada. Hongjun e Lu Xu se separam para acender as lâmpadas no segundo andar, e aqueles raios de luz se cruzaram, como se estivessem vivendo um sonho de uma vida fugaz.

Mo Rigen dobrou uma perna e apoiou o cotovelo no joelho enquanto se apoiava nas grades da loja de vinhos, olhando para fora. Os Dez Li do Rio Celestial pareciam frios e desolados. A riqueza esplêndida e sensual dos dias passados desapareceu sem deixar vestígios.

"Imaginei em sabe-se lá quantas reuniões", disse Mo Rigen, "mas eu nunca esperei que isso acontecesse neste dia, neste lugar, sob tais circunstâncias."

A-Tai comentou: "A realidade mostrou que preciso aprender a usar armas."

Todos caíram na gargalhada. Ashina Qiong disse irritado: "Não foi você quem me pediu para entrar na torre?"

Hongjun sorriu ao olhar para todos, sentindo-se indescritivelmente feliz.

"Por alguma razão", disse Li Jinglong, "quando olho para este teto, me lembro do Âmbar de Lanling."

Turandokht gostava de limpeza e segurava um pano enquanto limpava as mesas à frente deles. Ela respondeu casualmente: "O que há para pensar? Vocês não disseram que a minha comida era muito salgada?"

"Sinto falta da sua comida." Hongjun disse com um sorriso.

"Também sinto falta do vinho da sua loja", acrescentou Mo Rigen.

"Sinto falta dos lanches e das bebidas da sua loja." disse Li Jinglong, reunindo forças e tirando a armadura parte por parte. Ele tirou as ombreiras e os protetores de braço e os jogou de lado, antes de continuar: "Vamos dar uma olhada e ver se tem vinho."

Registros do Banimento do Yao do Tianbao Livros: 4 & 5Onde histórias criam vida. Descubra agora