Informação:
=> Idade /Ramiro: 30
=> Idade / kelvin: 22Bela Primavera, uma pousada de luxo muito renomada, com hóspedes bastante importantes pertencentes a classe da extrema elite.
Luzes fortes exaltavam a beleza do lugar mostrando que apesar de ser apenas uma pousada, ela claramente deixava vários hotéis de luxo para trás.
Um silêncio aconchegante pairava dentro do carro estacionado na frente da pousada onde os dois homens a olhavam com pensamentos distantes, enquanto um estava extremamente aliviado de chegar ao seu lar temporário o outro sonhava no dia que teria condições de passar ao menos uma noite num lugar como aquele, um sonho que em sua cabeça ainda demoraria a se realizar, apesar de sua condição não muito favorável não perdia a esperança.
Os dois parecem sair de seus devaneios ao mesmo tempo logo saindo do carro percebendo que o manobrista se aproximava parando em frente a Kelvin.
- Que que foi? Perdeu alguma coisa?
- Kelvin, dê a chave do carro para ele.
- Ata, intendi. -entrega a chave - Aê, toma cuidado com essa belezinha tá?
- Sim senhor, pode deixar.
Quando o manobrista já estava longe, Kelvin voltou a olhar para o homem que descobriu se chamar Ramiro, percebeu que o mesmo era muito calado e seus olhos sempre passavam uma expressão de cansado e um pouco de desinteresseem tudo ao seu redor, mas o ruivo conseguia compreender, o cara estava totalmente perdido na cidade e provavelmente por bastante tempo sem a menor ideia de como voltaria para casa, uma pessoa numa situaçãocomo essa não anda sorrindopor aí.
Com seu salto alto preto Kelvin desfilou pela calçada até a porta da pousada enquanto observava Ramiro tirar a carteira do bolso do paletó, as pessoas que entravam o fitava de cima a baixo com um olhar que denunciava um misto de desprezo e pena, Kelvin não se irritou, muito menos fez escândalo, por conta de seu trabalho e sua condição financeira o mesmo estava acostumado com aquele tipo de tratamento.
Voltou seu olhar para o homem a sua frente, o mesmo achou melhor permanecer calado, no fundo estava com medo de falar algo que o mais velho não gostasse e o mesmo decidir que não o pagaria mais, não conseguiria fazer nada para obrigar o homem a entregar o seu dinheiro, então achou mais inteligente ficar esperando ansiosamente em silêncio.
Ramiro se virou fazendo com que os dois ficassem de frente um para o outro relativamente perto, com isso Kelvin acaba por perceber o quanto o homem era mais alto do que ele, tinha os braços tensionados e sua gravata estava totalmente abarrotada, claramente Ramiro não era bom em dar nó de gravata ou quem quer que fizesse isso por ele, Kelvin pensou como seria poder puxá-la e a enrolar nos seus dedos, naquele momento enquanto divagava em seus pensamentos o mesmo quase cogitava a ideia de tranzar com Ramiro sem cobrar nada, apenas para seu próprio prazer, mas quando percebeu o que estava cogitando fazer começou a repetir várias vezes como um mantra em sua cabeça que tinha que ser profissional, apesar de querer não podia agir por emoção, pensar apenas com a cabeça de baixo é uma burrice que ele não cometeria.
O cacheado tirou de sua carteira o dinheiro combinado entregando ao menor que não perdeu a chance de roçar seus dedos na mão do outro.
As mãos de Ramiro eram grandes e possuía algumas veias mais a vista, sua pele era bastante macia e Kelvin percebeu que o mesmo evitava o olhar nos olhos, não entendia porque não o encarava diretamente mas ansiava em descobrir.
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Meu Presente De Natal -Kelmiro
Random- Não tô nem aí pro quê é certo ou não, ou você me dá a grana, ou continua vagando perdido pela cidade, você quê sabe. Eu estava perplexo por tamanha falta de empatia, não é como se esse dinheiro fosse fazer alguma diferença na minha vida, mas a sua...