★ 𝑺𝒊𝒙𝒕𝒆𝒆𝒏 ★

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Depois de chorar eu ouvi pedrinhas na minha janela, me levantei rápido, achei que fosse o Tom, mas quando olhei era o Bill, ele estava com uma cara preocupada. Abri a janela e o garoto entrou por ela

- S/n, o que aconteceu? - Bill diz me puxando pra um abraço - Tom disse que sua mãe te deu um tapa

- Ela descobriu o namoro falso, achou que era de verdade e falou várias coisas - Suspirei - Ela não me deixou explicar, quando eu fui falar no mesmo tom de voz pra fazer ela prestar atenção em mim... ela me bateu - escondo o rosto no peito do Bill

- Eu sabia que isso não iria dar certo, além do que, tem muita gente chocada com a notícia de vocês dois, a foto de vocês no evento e fora dele, foi vazada no site de fofoca, só tem comentário pior que o outro - Bill diz acariciando meu cabelo

- Como tá o Tom? - Olho para o Bill desfazendo o abraço e me sentando na cama

- Em casa pensando na besteira que ele fez -Bill diz se sentando ao meu lado

- Como isso correu tão rápido? - falo pensativa

- Não faço ideia, mas seja quem for, a pessoa estava no evento e seguiu vocês - Bill me olha sério

- Acha que a Alessandra tem algo haver com isso? ela parecia bem irritada - Seguro na mão do Bill encostando minha cabeça no ombro dele

- Não sei, mas eu não fui muito com a cara dela, ela tem tipo de ser duas caras - Ele pensa - Tipo na frente do público é um anjo fodona que toca muito bem a guitarra que se importa com isso e aquilo, bla bla bla, mas por trás é uma cobra venenosa, egoísta e mal educada que não tem onde cair morta mas mesmo assim continua sendo uma escrota - Bill diz debochado

- Você humilhou ela em várias línguas diferentes - Digo rindo das coisas que ele disse

- S/n, eu quero te proteger, nós famosos já estamos acostumados de levar hater, por que sempre existe alguém que não vai gostar nadinha do que a gente faz, o começo sempre é horrível e dá vontade de simplesmente desistir, não quero que você passe por isso, você é gentil e doce, a garota mais incrível que eu já conheci, não merece ser xingada da forma que você está sendo... - olho para as minhas mãos apenas ouvindo o que ele falava

- Então eu deveria parar de ajudar o Tom? - Pergunto

- S/n...Eu sei por que tá fazendo isso, não é apenas pra ajudar o Tom - Bill diz levantando da cama e ficando na minha frente

- O que? como assim? não to entendendo - Digo um tanto nervosa

- Você gosta dele, ta seguindo esse plano besta por que quer parar de sentir isso, sabe que ver ele com ela vai fazer seu coração quebrar em pedaços, com isso você poderá enfraquecer seus sentimentos - Bill explica

- Eu não gosto, eu não gosto dele, quem disse isso? - Abaixo a cabeça com uma certa vergonha

- Dá pra ver isso pelo jeito que olha pra ele, antes você o via como alguém normal, um amigo, um irmão, mas agora seus olhos brilham ao ver ele, eu vi isso tudo quando estávamos em turnê, a relação de vocês não é mais a mesma - Bill diz me deixando inquieta

- Ta, talvez eu goste dele... mas não tenho certeza, ok? - digo me jogando na cama

- Deveria dizer isso a ele - Bill se encosta na janela

- Sério? ele não deixaria de ir atrás da Alessandra só pra ficar comigo - suspiro - Não toco guitarra, não sou bonita, não sou famosa, não sou rica, não tenho nada do que ela tem

- Quando se ama uma pessoa verdadeiramente, você não liga para as coisas físicas, nada ao seu redor vai importar mais do que ela, por que você não verá defeito - Bill diz olhando para fora da janela

- Eu não acho que seja uma boa ideia dizer isso pra ele, ainda mais agora - Olho para o teto

- Você quem decide, pode contar quando quiser, ou também se não quiser, não conte, a escolha está em suas mãos, agora eu tenho que voltar pra casa, mamãe vai querer saber o que está acontecendo, se cuide S/n, se der eu volto mais tarde ou o Tom vem aqui, eu não sei - Bill diz me fazendo levantar da cama e indo abraçar ele antes de sair

- Obrigada, você é incrível - digo enquanto o abraçava

- Eu sei, mas não precisa me agradecer, eu só quero te proteger e te ver feliz - Bill deixa um beijo na minha testa antes de sair pela janela

As horas se passaram e eu não saí do quarto, não queria olhar pra minha mãe ainda, se não seria capaz de acontecer uma enorme briga novamente

- Querida - Uma voz masculina diz enquanto batia na porta

- Oi pai - falo cabisbaixa

- Eu trouxe comida pra você, não pode ficar sem comer - Ele diz me fazendo ficar parada na frente da porta pensando se abriria ou não - Comprei seu hambúrguer favorito com coca cola - eu sorri e então abri a porta

- Valeu pai - digo pegando a sacola com o hambúrguer

- Quer conversar? - Ele pergunta com uma cara preocupada

- Se você não der um tapa no meu rosto... podemos sim - digo sarcástica

- Não se preocupe querida, vamos apenas ter uma conversa normal - O mais velho diz e eu deixo ele entrar

- Ela já disse o que aconteceu, não é? - olho pra ele enquanto me sentava na cadeira

- Na verdade ela só resumiu, quero saber de você, sua versão - O mais velho diz se sentando na beira da minha cama

Suspiro antes de explicar tudo o que estava acontecendo, ele parecia bastante atento em cada palavra que eu falava

- Sua mãe está alterada demais por causa do trabalho, mas isso não é justificativa dela ter dado um tapa na sua cara, bom eu irei conversar com ela sobre isso, não se preocupe - Ele diz em um suspiro

- Você parece mais paciente que ela, acho que toda a paciência e o bom senso dela foram pra você - Dou algumas risadas com ele

- Apenas quero ser mais paciente, não resolvemos nada sendo grossos e batendo em nossos filhos, por que se fizermos isso eles vão crescer com angústia no peito e irão fugir de casa, assim nunca mais dando as caras por terem guardado o ódio em seu peito, às vezes é só preciso sentar com eles e ouvir o que tem a dizer - Ele sorri

- Você parece já ter passado por isso - Digo mordendo meu hambúrguer

- Já sim, tive uma briga feia com os meus pais e então eu fugi de casa, passei a ficar por conta própria...estava feliz por não ouvir esculhambações, mas sentia falta deles...então um dia eu os reencontrei e foi bom por que nos acertamos.. - Ele me olha

- Que bom, eu fico feliz em saber isso - Olho pensativa para ele

- Bom, termine de comer sua comida, eu irei falar com sua mãe - Ele se levanta da cama

- Obrigada pai.. - digo baixo

- Vou estar sempre com você querida - ele sorri antes de sair do quarto

Suspirei, olhei para janela vendo Tom me olhando, ele parecia bem mal, ele fez alguns sinais perguntando se poderia subir, eu acenei um "sim" com a cabeça, tranquei a porta e esperei ele subir

𝐓𝐨 𝐛𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐝...

𝐌𝐞𝐮 𝐃𝐨𝐜𝐞 𝐏𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨 | 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛'𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora