Capítulo 9 - Dês do primeiro dia do 8° anos

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Harper abraça mais forte a garota e abre os olhos, está de manhã.

Harper

O que eu tô fazendo abraçada com ela?! Com a ELARA?!

Minhas lembranças de ontem começam a voltar e meu braço doi, lembro de tudo, estou com vontade de pular em um buraco e nunca mais sair. Me levanto devagar sem acorda-la e vou para o banheiro, quando saiu ela ainda está dormindo, vou devagar até a porta.

- Harper? - esculto a voz suave de Elara acordando - já vai? Nem me deu tchau? - me provoca com um sorriso

- desculpa por ontem, eu...tava muito alterada

- sem desculpas - fala esfregando o olho - mas você tava alterada até de mais

- não precisa esfregar na cara também - eu falo

- tchau

- tchau - vou até a porta novamente

- só uma coisa, eu não vou transar com você

Revirou os olhos e vejo ela me dar o dedo, saiu do quarto e vou embora. Chegando em casa abro a porta e entro, meu pai já foi para o serviço, mando uma mensagem para ele "pai já estou na escola, viemos direto".

Vou para o meu quarto, me jogo na cama e sinto meu braço doer. Filha da puta. Recebo uma mensagem e é Sabrina perguntando porque eu não fui para a escola.

Sabrina é uma colega, acho que a única, ela é muito certinha, mas continua sendo legal. Digo que não consegui dormir direito e acordei com dor de cabeça, o que por algum motivo, depois de enviar a mensagem minha cabeça lateja.

Adormeço ali mesmo, deitada na cama, com as pernas para fora e o celular na mão.

Narradora

Elara vai para casa, quando consegui entrar no seu quarto, tranca a porta de uma vez. Se joga a cama e pega o celular, apenas uma notificação avisando que você esqueceu de salvar a partida do jogo.

Elara

Só consegui pensar que nunca mais vou conseguir olhar para Harper, se eu já evitava, vou começa fugir. O único momento que ela fica aturavel é bêbada. Eu sinto que começa aqui, não nossa jornada como inimigas de anos, mas a minha jornada de esquecer aquela noite.

Não nos damos bem dês do primeiro dia do 8° ano, tivemos uma discussão sobre a cadeira ser dela e eu não poder sentar, depois disso nunca mais parou, brigas constantes sobre coisas bestas, até que eu aprendi a ignorar ela e apenas fingir que não existe.

Acordo e já são 20:00 e percebo que dormi o dia inteiro, olho o celular e a várias mensagens da minha mãe que provavelmente já bateu na porta.

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