Capitulo 13 - bêco

69 5 1
                                    

Narradora

- todas as duplas separadas? - professor de história pergunta e Harper chega do banheiro - tá faltando você né?

O professor pensa um pouco, ele não quer colocar trio, até que lembra de uma coisa.

- como a Elara faltou, vocês fazem a dupla, vou escrever o assunto de vocês no quadro

Harper olha para ele incrédula, depois para Sabrina e ela também não sabe o que dizer.

- desculpa, não sabia que ia ficar com ela, se então tinha dado um jeito

- não tem nada - Harper tanta parecer simpática mas sua fúria é transparente

"Os primeiros tempos da República (governos militares), República das Oligarquias, Os movimentos sociais na República Oligárquica, o Tenentismo, a Semana de Arte Moderna".

O professor escreve o assunto no quadro e cadê vez Harper fica com mais raiva, não acredita que vai ter que fazer trabalho com a Elara, ainda mais que ela vai ficar enchendo o saco sobre aquele dia.

- passa o assunto e as páginas para Elara, está bem?

- tá bom

Harper

Primeiro, eu não tenho o número dela; Segundo, não quero ir na casa dela;
Já posso me matar?

Final da aula, pego minhas coisas e saiu, pergunto para duas pessoas e ninguém tem o número dela, pergunto para mais três e nada. Essa garota tá se escondendo do FBI?

Pego tudo e saiu da escola, vou cortar caminho pela rua do quarteirão para casa da Elara aqui na frente pra não chegar muito tarde em casa. E que merda de ideia que eu tive? Eu sou muito burra; Passando e prestando atenção na rua agora deve ser uma boca de fumo, certeza.

Quando termino de passar por ela respiro, chegando na rua dela nem parece que eu passei por aquela lá atrás. Respiro e toco a campainha, espero a mãe dela abrir.

- Harper? - Elara olha confusa e eu entrego o livro - as páginas estão marcadas

- ficamos na dupla do trabalho de história - tento ser o mais séria possível - podemos começar amanhã?

- tá bom, pode ser - a expressão dela não muda

Eu me viro e começo a andar. Que merda, parece que a convivência entre nós piorou, está pior que quando era só as brigas, o clima pesou. Andando prestes a entrar na rua de novo para o atalho, respiro fundo e dou um passo a frente.

- você é louca de passar por aqui? - sou puxada pelo ombro e a voz de Elara quase me deixa surda

- caralho, vai me deixar surda - coloco a mão no ouvido direito

- vai pela pior rua dessa cidade?

- eu vim por aqui

- mas não vai voltar

- porque? Vai me impedir? - viro para sair

Elara me puxa pelo braço com força, encosta no meu ouvido e diz.

- tá vendo aquele cara de vermelho sentando? Ele é tudo que você pode imaginar no mundo do crime, eu acho que ele gostaria que uma garota com saia curta passa-se por lá

Me solta, ajeito minha saia e vou, cada passo a tenção dentro de mim aumenta, esqueci como respirar e até andar. Ele olha para mim, mas não se levantou ou se mexeu, quando passo pela rua ainda estou tença, respiro fundo.

- corajosa - fala Elara atrás de mim me fazendo ter um infarto - aquele cara não é nada, no máximo um maconheiro

- você é uma idiota - dou um soco no braço dela

- o perigo foi o mesmo, não? - eu odeio esse sorrisinho convencido dela - ele só olhou pra sua saia

Infeliz! Tento puxar minha saia mais pra baixo, sinto as mãos dela puxando a saia para cima de novo.

- deixa assim, tá mais bonito - me arrepio, mas é coisa de segundos

Me afasto sem reação e continuo a andar, tenho que sair daqui o mais rápido que conseguir! Essa garota é louca e psicopata, e eu não vou aturar ela agora.

× Fale o que eu quero ouvir ×Onde histórias criam vida. Descubra agora