Visual Novels X leitora ~ one-shots

Tarde demais • (Alan - 💔)

Tw's: comportamento obsessivo, violência, gore, morte.

- MC vai para um encontro com Stu, mas não dá tão certo quanto o imaginado. -

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MC havia sido convidada para um encontro com o seu amigo de infância, Stuart. Ela não tem sentimentos românticos por ele, só aceitou o convite por educação. Enquanto escolhe uma roupa para comparecer no encontro, MC recebe uma mensagem.

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menina do céu, aceitei sair
com o Stu, mas n sei com q
roupa vou ⊙⁠_⁠◎

Novas mensagens

eca
como você aceitou
sair com esse cara?

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"Erika sendo Erika..." Pensou MC. Sua amiga da faculdade, Erika, nunca respondia as mensagens que a garota mandava, que achou estranho e deu uma risada baixa.
"Pronto! Agora é só sair."
Uma roupa casual para MC já estava bom, nada muito chamativo. Vestimentas normais para um piquenique perto da floresta em que MC frequentemente se encontrava com... um outro amigo.
Chaves, carteira, celular e alguns cupcakes na bolsa e a garota já está saindo de casa para ir ao encontro.

Poucos minutos de caminhada e MC já chega no local onde foi combinado o piquenique.
— Oi, Stu!
— Opa, MC... está linda! — Stu acena para a mulher vindo em sua direção.
— Ah, valeu! — ela dá uma leve risada ao garoto enquanto senta ao seu lado. — Eu trouxe alguns cupcakes pra gente! Feitos por mim.
MC revela, de sua bolsa, alguns pares de cupcakes divididos em dois potes pequenos.
— Perfeito...! — ele dá uma risadinha enquanto olha os cupcakes. — Devem estar maravilhosos, já que foram feitos por você.
Ele flerta. A garota ri e agradece em um tom baixo.

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Depois de algum tempo conversando, a comida já está prestes a acabar. Só falta um único cupcake em um pote.
— Você também tá se sentindo observado...? — MC pergunta a Stu com um certo tom de preocupação e desconforto em sua voz.
— Honestamente? — Stu dá uma risada alta. — Desde quando cheguei aqui.
— Estranho.
Ambos olham para trás, em direção da floresta escura e fria, que fica de tal jeito mesmo sendo a primavera mais quente dos últimos anos. Stu e MC buscam o último pedaço de cupcake juntos, ainda virados para trás. As mãos de ambos, sem querer, se tocam.
— Ah, d-desculpa! Pode ficar, Stu. — MC fica nervosa, é difícil haver uma situação que ela faça contato físico com alguém, mesmo sendo mínimo.
— Nah. Pode ficar com você, gata. — o cara diz confiante e dá uma piscada à moça.
— Vai se foder, Stu... — ela fala baixo enquanto um leve rubor cobre suas bochechas.
— Ei, eu ouvi, viu!? — Stu começa a rir enquanto MC revira os olhos. Eles riem juntos.

— Heh... uh, que horas são? — ela pergunta.
— Ah, são... — Stu olha em seu celular. — 18:44.
— Bom, já está ficando meio tarde... acho melhor eu já ir! — MC começa a se levantar, pegando apenas sua bolsa.
— Ah... j-já?! — Stuart se levanta rapidamente. — Tudo bem, então...
Ela dá um abraço rápido no rapaz e já vai embora. Ele acena lentamente para a moça enquanto ela sai, Stu a olha fixamente como um bobo.
— É... se ela precisa ir... — o homem comenta em um tom baixo e suave.
De repente, um barulho alto ecoa da floresta, seguido de sons de um arbusto se mexendo.
Stu olha rapidamente, mas ignora e começa a organizar as coisas do piquenique.
— Puts! — ele percebe que MC esqueceu os potes que havia levado ao encontro. — Pior que agora ela já foi...
Do nada, outro barulho de arbusto. Mais alto.
Novamente, Stu se vira ao local. Nada.
— Será que tô ficando louco...? — ele ri e volta a organizar algumas embalagens.

— Sim.

Uma voz baixa vem de trás de Stu. Ele vira rapidamente e vê um homem alto de cabelos castanhos segurando um machado, prestes a acertá-lo. Esse homem é familiar para ele...
Antes que o rapaz possa fazer qualquer coisa, o homem o acerta bem no peito. Foi feita uma ferida extremamente profunda, quase atingindo o coração.
Stu sentiu uma dor espetacularmente forte, mas logo depois, nada. Nada?! Ele apenas fica parado, paralisado. Apenas olhando desesperadamente para o homem mais alto. Quando Stuart se dá conta, litros e litros de sangue estão escorrendo da ferida. Sua visão começa a escurecer, pontinhos pretos começam a aparecer.
"É agora...?" pensa Stu. A vida inteira dele passando pelos seus olhos, esse momento pareceu uma eternidade.
— Alan...?
A última palavra de Stuart. Ele lembrou que o homem é um "amigo" de MC, que sempre age estranho quando ele ou outra pessoa está falando com a moça.
O homem, Alan, abre um grande sorriso perturbador. Uma expressão de raiva genuína invadindo o rosto do mais alto, ainda segurando o machado no peito de Stu.
Alan larga a ferramenta e chuta fortemente a barriga do rapaz, que já está perdendo os sentidos.
Ele rapidamente pega seu machado de volta, se agacha até o corpo caído de Stuart e começa a dar algumas... não, várias machadadas.
— Você é louco por achar que pode olhar a minha mulher. — mesmo com uma raiva extraordinária, Alan fala calmamente, ainda descontando sua raiva no cara.
Sangue. Tudo ensanguentado. Os olhos até doem de tanto vermelho no local.
O homem só ignora a sujeira, ele continua a aliviar sua raiva, porque Stu... já está em outro lugar.

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Foi MC pisar em casa que ela percebe que tinha esquecido seus potes.
— Ah, é sério isso?! — ela fala consigo mesma, irritada, já saindo de casa novamente.
Ela andou rápido, mas não ao ponto de correr, a mulher queria ver se ainda encontraria Stu pelo caminho, mas...
Menos de 5 minutos depois... sua casa é perto da floresta, não demora muito.
MC viu uma cena que não queria ver. Simplesmente alguém com o rosto deformado e tudo em vermelho. Órgãos para fora e... seus potes? Parecia que haviam sido mergulhados em tinta vermelha. A toalha do piquenique quase inteiramente suja de sangue.
Logo, MC percebe que aquela pessoa morta no chão era Stu. Com isso, não conseguiu falar uma palavra, ficou paralisada com a cena. E... Alan? Seu amigo estava fazendo isso?! O homem estava todo ensanguentado, sua roupa, seu rosto, suas mãos.
Ela estava começando até a ter sentimentos com o homem. Ele era gentil, atencioso, carinhoso... tudo que MC poderia desejar em um alguém. Mas ver aquela cena horrível de seu amigo de infância inteiramente desfigurado... a fez sentir enjôo.
Alan vai diminuindo gradativamente a velocidade dos golpes que ele dava em Stu, até que ele percebe que a pessoa que mais amava, MC, estava presenciando a cena.
— Querida! — o homem fala, enquanto larga o machado. — Desculpe te fazer ver isso...
Ele levanta lentamente, como se MC fosse escapar igual um animalzinho assustado.
— Ele estava no nosso caminho... você entende, né...?
Lágrimas começaram a ser formar no rosto da moça. Alan começa a se aproximar lentamente, uma expressão de paixão e pena se formando no rosto do homem.
— Eu não vou te machucar. — ele para na frente de MC e dá um abraço. — Eu nunca faria isso.
O abraço suja toda a roupa dela de sangue, junto com o rosto e os braços.
— Tá tudo bem. — ele sussurra a ela.
MC quebra. Mais e mais lágrimas caem do rosto da dela. Ela começa a chorar alto, e, sem pensar, retribui o abraço do mais alto.
Ele sorri.
Um grande sorriso de vitória se forma lentamente no rosto de Alan.
Foi como se ele e Stu estavam em uma competição, e Alan ganhou.
— Deixa eu te levar pra minha casa. — ele aperta o abraço, como se estivesse com medo de MC escapar. — Vou cuidar de você.
O homem anda lentamente, ainda com a moça em seus braços. Ele pega seu machado de volta e some com ela pela floresta escura.
Agora ela é dele.