Não confie Nele

Capítulo 1

Finalmente paz e tranquilidade - Me jogo no sofá da minha sala e olho para minhas coisas ainda espalhadas

- Nem acredito que eu finalmente consegui minha independência - Sorrio orgulhosa da minha pessoa.

Me levanto e pego uma das caixas que preciso levar para o meu quarto, quando acabo de colocar ela no chão a campainha do meu apartamento toca.

Acho aquilo muito estranho, acabei de mudar não faz o que nem meia hora, eu vejo pelo olho magico que é um rapaz, hesito em abrir a porta mas ele toca novamente a campainha, não era possível que ele soubesse que eu estava ali, morrendo de medo eu abro a porta.

- O que você quer ?

- Uau, bem que seu irmão me disse que você era mal-humorada, mas não achei que fosse tanto, eu me chamo Henri e sou seu vizinho

- Legal - fecho a porta na cara dele antes que ele tenha alguma reação.

Começo a procurar meu celular pelo apartamento, e quando desisto, eu o encontro no sofá, mando várias mensagens xingando o babaca do Richard

SEU INÚTIL, COMO VC OUSA MANDAR O BABACA DO SEU AMIGO AQUI, ACHEI QUE TINHA DEIXADO CLARO QUE QUERIA FICAR SOZINHA.

Ele responde

HAHA SEMPRE BEM HUMORADA NÉ MANINHA, ELE SÓ VAI FICAR DE OLHO EM VC ENQUANTO EU ESTIVER LONGE.

NÃO PRECISO DA SUA PROTEÇÃO, BABACA!

Jogo o celular no sofá e começo a desempacotar tudo que estava faltando.

Estou distraída arrumando as coisas e escuto o toque do meu celular, vou até o sofá e vejo no visor que é minha mãe, e atendo antes que ela venha até aqui pessoalmente

- Oi mãe

- Oi meu amor, como você está ? precisa de ajuda aí, a mãe vai até ai te ajudar, já sinto sua falta minha filha

- Não precisa mãe, eu consigo fazer isso, eu também já sinto sua falta, mas eu estou bem

- minha filha é tão difícil pra mim, você não precisava se mudar, sabe que eu não queria isso

- Eu sei mãe, mas quero minha independência, meu cantinho, não é nada com a senhora, não se preocupe

- Se você quer assim, o que posso fazer, mas por favor se alimente, não coma somente miojo, ok ?

- Tudo bem mãe, prometo me alimentar, ok ? quando estiver organizado tudo, farei um almoço pra você.

- Estarei ansiosa esperando por isso, eu te amo tá filha

- Eu também te amo mãe

desliguei o telefone e retornei a minha organização.

*************

Levei o final de semana todo para arrumar todo o apartamento, Eu me levanto cedo como de costume e me arrumo para uma reunião no trabalho, temos uma audiência muito importante e meu chefe quer que eu assuma o caso, isso me deixa feliz, saber que ele confia assim na minha capacidade, coloco um dos meus terninhos brancos, e vou até a cozinha, faço um café e tomo uma xícara, necessito de café para começar o dia bem, ainda mais em uma segunda feira.

Chego Pontualmente as 08:00 no escritório, dou bom dia a todos que encontro no caminho e vou direto a sala do senhor Fitzgerald, bato na porta e entro em seguida:

-Bom dia Senhor Fitzgerald

- Bom dia Senhorita Hanagami, eu queria te apresentar nosso mais novo advogado, o Senhor Cavil, quero que trabalhe com ele no caso dos senhores Willians ...

Quando ele se levantou e se virou na minha direção, eu nunca quis tanto matar meu irmão como agora, ele sorriu pra mim e estendeu sua mão, eu a segurei por um tempo e logo a soltei e virei para o senhor Fitzgerald

- obrigado, por me confiar uma grande responsabilidade.

O senhor Fitzgerald sorriu.

- Não apenas a você senhorita Hanagami, mas sim a vocês dois, ele é um jovem promissor e foi muito bem recomendado, achei uma ótima ideia vocês trabalharem juntos.

- Darei o meu melhor.

Ele apenas assentiu com a cabeça e sorriu, eu já sabia que essa era deixa para sair de sua sala, então fui para minha sala com aquele ser vindo atrás de mim, eu abri a porta da minha sala e dei passagem para que ele entrasse, e antes mesmo que eu pudesse falar algo o folgado sentou em minha cadeira e cruzou os braços atrás da cabeça.

- Então você sempre bajula o chefe daquele jeito? Não é atoa que você é a favorita dele - ele riu irônico.

- Primeiro, saia da minha mesa, Segundo, eu só estou aqui pelo meu esforço, Terceiro e último, estamos aqui para trabalhar então guarde seus comentários desnecessários para si, o mundo agradece.

Ele não disse nada depois disso, se levantou, pegou uma cópia do caso e se sentou na mesa a frente a minha, e lá ficou lendo.

Após voltar do almoço, Henri e eu começamos a discutir uns pontos sobre o caso que teríamos que defender daqui uma semana, e nem percebemos que a hora passou voando. Eu arrumei as coisas em minha mesa e me levantei para ir embora, mas antes de abrir a porta Henri me chamou:

- Olha eu sei que começamos com pé esquerdo, mas podíamos ser amigos até essa audiência ? - e me estendeu a mão.

Eu segurei sua mão e sorri.

-Até a audiência.

Soltei a mão dele, abri a porta e sai deixando ele lá na sala.