Entre as flores, daquele campo imenso que se estendia até o horizonte de encontro ao sol do crepúsculo, deitado sobre uma manta cor de cereja, estava ele aproveitando do silêncio daquela manhã.
Os olhos fechado e o corpo estirado sobre aquele jardim de tulipas, se mantinha submerso em seus pensamentos sentido a brisa passar pelo seu rosto.
Era só uma criança, sozinha, no mais vasto dos mundo, se via totalmente só, não havia mais ninguém naquele planeta, somente ele e as flores.
Até que ele escutou passos sobre a grama.
Mas estava sozinho, não estava?
Pensou ser somente seus pensamento altos de mais, decidindo ignorar a possibilidade de uma companhia
Isso até que a voz do garotinho moreno chegou em seus ouvidos.
“Ei? Você tá vivo?”
Pensou mais uma vez que sua mente havia criado novamente uma companhia imaginaria para lhe combater a solidão, ficando imóvel e, novamente, apenas ignorando.
Até sentir um toque em seu rosto, o que deixou confuso
É possível sentir um pensamento?
“Você tá vivo! Por que não responde?”
O garotinho se questionou após ver as sobrancelhas franzidas e o bico que o loirinho fazia.
Esse que finalmente abriu os olhos, se surpreendendo novamente
Era um menino diferente, provavelmente da mesma idade que a dele, de cabelos escuros e olhos negros.
Se sentou ainda o encarando, ele era tão diferente, mas não era feio, longe disso, era um diferente bom, era real.
Desde que o menino de olhos cor de mel os havia aberto, o pobre moreninho não conseguia desviar o olhar, era totalmente diferente de si.
Se afastaram simultaneamente, olhando se nós olhos, ainda incapazes de olhar algo além.
“¿Quién eres tú?"
O loiro foi o primeiro a se pronunciar.
“Hahahah, você fala estranho”
A risada dele provavelmente foi o som mais doce que já tinha ouvido até aquele momento, mesmo sem entender muito bem o porque dela.
O moreno continuou falando, respondendo a pergunta do loiro, como a tinha entendido.
“Eu sou Luciano, e você bonitinho?”
Disse apontando para si mesmo, devolvendo a pergunta de uma forma que fez o loiro corar um pouco.
“Soy Martín, no ‘bonitinho’”
Respondeu emburrado, ainda que um pouco corado
Novamente Luciano riu, muito mais abertamente, o loiro tinha se encantado com aquela risada contagiante que lhe tirou alguns risos mais discretos.
“Porque estás sozinho aqui?”
“Mas, eu sempre estive aqui, de onde você veio?”
O moreno pareceu pensar um pouco antes de responder, provavelmente tentando entender a língua diferente.
“Eu... Eu não sei”
Luciano agora olhava em volta, visivelmente angustiado, se deu conta de que não sabia onde estava, nem de onde veio.
Onde estavam seus pais ou seus irmãos?
Seus olhos se encheram de água enquanto ele olhava em volta mais uma vez, desesperado e angustiado
Tendo em vista que não acharia mais ninguém ali se sentou no chão chorando dolorosamente, sem parar e sem filtro algum
O pequeno Martin vendo as lágrimas daquele garoto diferente que acabara de conhecer, sentiu uma aperto no coração e uma vontade imensa de chorar também
Numa tentativa de consolar o outro, se aproximou e abraçou o moreno que retribuiu o abraço ainda chorando muito.
“C-cadê a m-minha mãe?”
Ele segurava com força o loiro que o abraçava sem saber o que dizer, com os olhos marejados se segurando para não chorar
“Yo no se, ela não tá aqui”
Se arrependeu mais rápido do que gostaria daquelas palavras, o pingo de gente que chorava em seus braços chorou ainda mais o apertando com ainda mais força.
“E-eu quero a minha mãe”
A fala junto com a voz chorosa do moreno estavam cortando seu coração, ele sabia como era se sentir sozinho assim, e dois de mais.
Inevitavelmente deixou as lágrimas caírem, junto com as de Luciano, que escondia o rosto em seu colo apertando com seus braços o pequeno tronco do loiro que o abraçava pelos ombros chorando ainda mais
“Mas eu estou aqui, eu também estava sozinho.”
A voz de Martin saiu fraca e baixa, mas foi o suficiente para que o moreno cessasse um pouco do choro para ouvir.
“Eu vou ficar com você então, aí nenhum de nós precisa ficar mais sozinho”
Luciano falou se levantando e enxugando as lágrimas, e logo sorrindo para o loiro que ainda chorava.
Se aproximou do outro e limpou suas lágrimas também, fazendo com que se olhassem nos olhos novamente.
“Tu prometes?”
“Eu prometo. E você? Promete ficar comigo? Pra sempre?”
O moreno já um pouco animado sorriu ainda mais para Martin, que sorriu um pouco junto a ele.
“Eu prometo.”..................
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Junto a você
NouvellesVamos ser só nós, eu e você, contra o mundo, pra sempre? Pra todo sempre! Promete? Prometo.