DESDE MUITO NOVA, MAUDE PADILHA SABIA que a possibilidade de se tornar uma renomada jogadora de handebol, eram completamente nulas. Mesmo que seus pais tenham a apoiado praticar o esporte quando estava num momento muito intenso de perdas, aquilo não...
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Maude, com toda a situação acontecendo, sentiu que passou quase um ano desde que conheceu Richarlison. Um ano desde que seu nariz foi quebrado, um ano que teve diversos diálogos estupidamente aleatórios com um jogador de futebol, e um ano que conheceu uma pessoa incrível que seria maravilhoso levar para o resto da vida.
A última afirmação parecia uma loucura afirmada por uma pessoa facilmente carente, mas não era. Quando Maude realizava afirmações tão intensas como essa, é porque tal pessoa realmente foi marcante o suficiente para fazê-la pensar daquela forma. Tal pessoa foi capaz de entendê-la, de amá-la, de ouvi-la. Mesmo sendo um bobo na maior parte do tempo, Richarlison fez todas aquelas coisas, ele fez ela se sentir especial e única.
Mas agora ela estava só; em seu novo apartamento na França com a presença de seus três melhores amigos. Desde que chegaram do Qatar, o clima não estava lá muito agradável, parecia até mesmo que havia acontecido um velório de tão macabro que estava o humor da handebolista. Poucas palavras foram proferidas e poucas emoções foram mostradas. Era doido ela estar daquela forma por um relacionamento que não havia começado a muito tempo.
Quando ela fechava seus olhos em busca de silêncio, somente as manchetes de notícia viam a mente. As malditas fotos, os malditos comentários, seu rosto estampado em todas as redes sociais sendo taxada como o divertimento temporário de Richarlison. Era ridículo, era estupidamente ridículo, e ela sentia muito mais vontade de chorar por tal razão do que pelo acontecido em si.
Ela passou por várias fases desde quando soube da notícia, até o momento atual. Ela chorou, sentiu-se traída, ponderou seus pensamentos e vontades, e por fim, sentiu a raiva. A raiva era uma das últimas partes, e ela estava sentindo com tanta, mas tanta intensidade, que sua maior vontade era pegar um avião de volta para o Qatar somente para dar um belo de um tapa enorme na cara dele.
Mas ela não fez, felizmente.
Tinha uma coisa boa acontecendo no meio de toda aquela algazarra generalizada. Maude agora tinha uma casa, uma casa sua. Graças ao bônus que recebeu do PSG para iniciar o processo de mudança e adaptação, Aline e seu marido fizeram todo o processo de busca de apartamento, e com muita insistência e muitas ligações, Maude pôde dar entrada em seu primeiro apartamento. Eles chegaram em Paris e logo já estavam lá, no ambiente que com muito esforço, finalmente era só dela.
