Percy "o mal interpretado" Jackson
"está começando a ficar confiante demais Jackson." - sorriu Annabeth. No fundo ele sabia ela estava envergonhada e isso fez com que abrisse um sorriso, A garota jogou-lhe uma simples camisa de linho enquanto se levantava graciosamente, jogando os cabelos e dançando nas botas pesadas, ela virou-se em direção a parede enquanto ele cuidadosamente punha a vestimenta. - "Nico está esperando na minha sala."
"conseguiu mantê-lo amarrado?" - caçoou, Nico tinha o péssimo hábito de escapar de cordas convencionais, claro, Percy também tinha hábitos reprováveis, na perspectiva do prático ao menos, como sobreviver.
"sim." - ela levantou uma sobrancelha. - "apesar de que você deveria ter uma conversa com ele, não está muito motivado a participar." -
"e por que esse seria o caso de eu falar com ele?" - questionou. Ele seria a pessoa que Nico estaria menos disposto a falar.
"porque sou sua capitã." - respondeu Annabeth brincando.
"um dia vou ter meu próprio barco de volta e você vai se arrepender." - Ameaçou Percy levantando-se enquanto ajeitava a gola da camisa.
"não, acho que não." - virou-se a garota ao ouvir os passos.
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Ele engoliu seco, como se um pedaço de maçã tentasse traçar o caminho da garganta ao estômago sem sucesso. A porta era de madeira pesada e cheia de desenhos cravados em padrões nórdicos. Tudo no navio de Annabeth é impraticável e impecável, ele pensou, enquanto batia seus calçados tentando decidir se estava pronto para ter aquela conversa com Nico, outrora um garotinho assustado que escondia-se atrás dos barris de peixe, agora um rapaz que o queria morto como qualquer outro mercenário. Talvez até mais.
Percy passou os dedos calejados na pequena estatueta de Hades que tirara do bolso do casaco ciano, ele não o usava a meses, agora não se reconhecia mais como o homem que tentou roubar o navio que agora morava, ou como aquele que arrancou a peça que segurava do barco onde Bianca uma vez segurou o leme. Ele respirou fundo e abriu a porta.
"Jackson." - rosnou Nico. Seu rosto estava em bom estado, mas ele imaginou que estaria, Annabeth era esperta demais para permitir que o torturassem. Seus trajes eram quase iguais aos dos outros tripulantes com exceção da camisa um pouco grande demais que revelava as costelas muito fundas para alguém saudável.
"Nico." - disse ele, sem ousar abrir um sorriso. Um silencio pesou o quarto, Percy pegou o mapa e o pôs sobre a mesa, puxando uma cadeira. - "nos temos as coordenadas do tesouro de Minas. Eu e Annabeth achamos que você é o único prático capaz de realizar a jornada pelo submundo. Se aceitar o trabalho cobrimos o seu valor mais o seu peso em ouro."
"Você é maluco? acha que vou fazer qualquer coisa por você depois que matou Bianca?" - cuspiu Nico, quase chorando, seus olhos banhados em raiva e sedentos por sangue.
"olha, Bianca se foi, e se você acha que eu não passo todas as noites acordado pensando em como eu poderia ter agido diferente naquela tempestade está redondamente enganado. Mas...mas ela se foi." - Gritou Percy, a maçã figurativa saindo de sua garganta. - "você pode me matar mais isso não vai trazer ela de volta."
"não! mas vai vinga-la." - exclamou o mais baixo.
"você realmente acha que é isso que ela ia querer?" - retrucou cravando uma faca na mesa. - "seu irmãozinho se tornar um assassino?! porque Nico, quando ela falava de você a coisa que ela mais se orgulhava era de ter te preservado em meio aquele mundo cruel, o que você se tornou é a última coisa que ela ia cogitar." - o olhar do garoto parecia conflitado, olhando de um lado para o outro tentando disfarçar sua confusão.
"eu não...não posso." - ele tossiu. - "ela disse mesmo isso?"
"Bianca falava isso o tempo todo. Ela trabalhava como prático para que você não tivesse que trabalhar, para que você pudesse aprender a ler ou cozinhar, talvez tornasse funcionário do rei algum dia. Talvez padre ou pastor." - Percy percebeu o que passava na cabeça de Nico enquanto dizia aquilo, então se corrigiu. - "não é sua culpa Nico, a culpa é do mar, das tempestades, da morte. Não dos mortais que vivem ao mercê dessas forças."
Os olhos da cor de carvão se suavizam em um choro, depois soluço, e só então sangue que o garoto acabou por cuspir deixando seu lábios rachados vermelhos. O ex-capitão perguntou quando o garoto comeu pela última vez porém Nico não respondeu, voltando a parecer a criança frágil que era na realidade, apenas um pouco mais alto do que sua irmã era quando deixou de crescer. Percy foi até a cozinha e preparou um prato de peixe e grãos o trazendo consigo quando retornou a sala e o pôs na frente do garoto, por fim experimentou um pouco de cada coisa do prato, demonstrando que nada fora envenenado.
"se eu aceitar." - começou Nico, a voz fraca como se toda sua energia tivesse se esvaído nos primeiros minutos de conversa. - "e não estou dizendo que vou. Não quero me peso em ouro, quero o daquele brutamontes...Frank." - recordou-se do nome. Percy riu.
"temos um acordo."
Notas da autora
eu bem de boa indo atualizar uma história que não atualizo a meses
acho que vou refazer as artes deles piratas futuramente
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A herdeira do mar
Romance"Era o dia mais quente naquele verão. O sol castigava arduamente a tripulação da Herdeira de Atenas, e as águas violentas tornavam o trabalho anteriormente vagaroso e desgastante, praticamente impossível." - é o primeiro parágrafo do romance "a herd...