Manhã após o término

•01•

Elisa💡

^05:20

Abri os olhos devagar e sentir o impacto forte da luz, fechei com força apertando os olhos, mais já amanheceu? não percebi que dormir. Minha cabeça doía muito, e meu peito permanecia apertado, então aquilo tudo não foi um sonho? droga eu realmente vou ter que suportar essa situação, levantei devagar da cama e aos poucos fui me acostumando com as luzes, parei em frente ao espelho e me olhei, meus olhos estavam inchados meu cabelo desdenhado e meu nariz parecia um tomate de tão vermelho, passei a mão no cabelo tentando amenizar aquela situação, eu precisava ter forças para trabalhar, abrir a porta do quarto e fui caminhando em passos lentos até o banheiro, a essa altura minha cabeça já começava a se formar os pensamentos sobre tudo que estava acontecendo, meu peito apertava ainda mais me fazendo perder o ar aos poucos.

Liguei o chuveiro e deixei a água cair sobre meu corpo, fechei os olhos e em questão de segundos o choro entalado veio à tona, chorei feito uma criança ali sentindo aquela água fria sobre mim, queria que ela levasse com ela ralo a baixo toda dor que eu estava sentindo, a angústia e o sentimento de perda que já dominava todo meu ser, eu me culpava e me perguntava o porque daquilo está acontecendo comigo, o amor não era pra ser lindo?

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, suspirei
ja havia sessado meu choro, voltei para o quarto vestir um pijama confortável e me deitei novamente, graças ao Home office eu não preciso encarar ninguém hoje, oque me faz evitar explicação, e ouvir conclusões de quem se quer passou pelo que estou passando, deitei na cama pegando o celular sobre a mesma, com nó na garganta abrir o whatsApp, o contato continuava o mesmo "meu amor" não havia uma mensagem sua como de costume, nem um pedido de desculpas por tudo que havia me dito, não tinha um eu te amo, muito menos um volta pra cá, me questionei se isso realmente estava acontecendo mais uma vez afinal o amor não era pra ser lindo?

- Filha? _abriu a porta_

Desviei o olhar encarando ela.

- Tou saindo para trabalhar? Você tá melhor?

Assentir

Elisa: Vai ficar tudo bem mãe.

Renata: Eu sei que vai, além de você ser forte o amor não mata ninguém, faz uma oração descansa e foca no seu trabalho _soltou beijo_ se cuida!

Elisa: É, bom trabalho.

O amor não mata ninguém, parece até uma piada ouvir essa frase quando sabemos que o amor mata sim, o amor pode virar uma doença, pode causar uma depressão, um ciúmes excessivo, uma ansiedade entre outras coisas que sem controle vai te levar à morte, então sim, o amor mata e machuca feito uma dor física.

Logo deu o horário de voltar para a minha rotina de trabalho, liguei o computador no intuito de desfocar minha mente da minha vida pessoal, eu só queria  esquecer aquilo que estava acontecendo e começar a ver meu lado profissional, não seria fácil a todo instante minha mente me levava ao "oque ele está fazendo agora?" ou "será que ele está feliz?" eu não conseguia assimilar meu trabalho com a minha vida, isso acabou virando uma loucura na minha cabeça, sem muito pensar desliguei todo o computador, eu não conseguiria trabalhar esta manhã.

Deitei na cama novamente voltando a chorar, dessa vez o choro veio acompanhado de gritos, eu precisava soltar aquela dor de mim, precisava tirar aquele aperto do meu peito, e se esse fosse a única forma peço perdão ao meus vizinhos mais com ela eu não iria ficar, parecia que a cada grito uma faca era enfiada com toda força em meu peito, minha mente reformulava todas as palavras e momentos juntos, não era para acabar assim o amor era pra ser lindo...