Capitulo 1 - A carta

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Molly Weasley ficou em êxtase quando a coruja entrou pela janela com o correio. Ela já tinha decidido que todos os nossos problemas estavam solucionados, e que haviam desaparecido para sempre. O grande empecilho em seu plano, era Gina. Não se considerava uma filha muito desobediente, mas também não era uma santa.
Não queria ser noiva de um garoto ridículo como aquele. Não queria nem tentar.

Alguns dias atrás, quando saíra no Profeta Diário que a família Malfoy procurava uma pretendente para o seu herdeiro, Gina deu risada. Draco Malfoy procurando uma namorada?Realmente era patético. Depois disso foi dito que haveria um concurso para que a escolhida fosse apropriada e todas as Bruxas solteiras do País seriam convidadas, mas apenas 35 iriam para a seleção em si, Gina achou tudo uma piada, mas aquietou quando viu que sua Mãe havia se interessado no assunto.

Se escondeu no quarto depois de ver sua Mãe abrir a carta, o único lugar onde podia fugir e ninguém iria se atrever a subir os inúmeros degraus para chegar. Procurava um argumento que dobrasse sua mãe, mas, até então, tudo o que tinha era uma coletânea de histórias e lembranças de seus tempos em Hogwarts... Não me parecia que ela fosse dar ouvidos a nenhuma delas.
Não conseguiria escapar de sua mãe por muito tempo. Era quase hora do jantar, e Gina, era a única que ainda morava na Toca, tinha que ajudar na cozinha.
Sua mãe a recebeu com um olhar furioso na cozinha quando desceu, mas não disse nada.
As duas se movimentaram pela cozinha e pela sala de jantar sem falar — como em uma dança silenciosa — enquanto preparavam frango, macarrão e torta de maçã, e colocava a mesa para cinco pessoas. Rony e Hermione estavam vindo para o jantar.

Sua mãe não tinha o que fazer quando Gina teimava. Mas o problema não era só com Gina. Ela andava tensa. O verão chegava ao fim e logo viriam os meses frios, e as preocupações.
Viu quando Molly botou a jarra de chá na mesa com raiva, pingos de água caíram de uma nuvem invisível pairando acima de sua cabeça. Ela estava com os nervos tão tensos que sua magia estava se manifestando.

- Mas você vai morrer se preencher o formulário? — ela disse, sem se aguentar. — A Seleção pode ser uma oportunidade maravilhosa para você e para todos nós.

Gina suspirou alto, pensando que preencher aquele formulário seria como a morte para ela sim. Será que sua Mãe tinha se esquecido do que os Malfoys haviam causado para eles? Todos os anos que Lucius humilhou seu Pai no trabalho, e Draco humilhou a eles na escola.
Não era segredo para ninguém que os Weasleys e Malfoys não se davam bem, só estava sendo convidada para aquela seleção por causa do sangue-puro, só haviam 28 famílias de sangue realmente puro, mas com certeza algumas estavam extintas pela guerra, por isso estavam mandando convites até mesmo para ela.
Não conseguiu esconder uma careta enquanto pensava em todas as razões para permanecer exatamente onde estava, na Toca.

- Os últimos anos têm sido muito difíceis para seu pai — Sua mãe estrilou. — Se você tiver um pouco de compaixão, vai pensar nele.

Seu pai. Sim. Ela queria ajudá-lo. E sua mãe. Ela não tinha como sorrir diante da maneira como ela expôs a situação. Fazia tempo demais que as coisas não iam bem. Gina se perguntava se o pai veria a Seleção como um meio de fazer com que tudo voltasse ao normal, se é que o dinheiro podia melhorar as coisas.
Não que a situação fosse tão precária a ponto de temer pela sobrevivência ou algo assim. Não eram miseráveis. Mas não estavam muito longe disso.
A toca, bem conhecida por ser uma construção irregular, havia sido reformas depois dos Comensais destruírem a alguns anos atrás antes da Guerra Bruxa. Haviam reformado o que puderam com o pouco dinheiro que seu Pai ganhava no Ministério.
Agora, seus irmãos estavam todos casados, até mesmo Rony havia se casado com Hermione depois que Voldemort fora derrotado, e moravam na antiga casa Trouxa dos Pais de Hermione. Seus outros irmãos mais velhos estavam encaminhamos também, Jorge ainda tinha a loja no beco diagonal, mas não era a mesma coisa sem Fred, mesmo casado com Angelina Johnson, ele ainda vivia tendi surtos com lembranças da guerra.

A seleção - DrinnyOnde histórias criam vida. Descubra agora