Mudanças · Cap. 1

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~Pi Pi Pi Pi Pi~

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~Pi Pi Pi Pi Pi~

O barulho do alarme ecoa.

São 7:30 da manhã, um sábado. Meus olhos pesados e cansados lentamente se abrem, me fazendo ver o teto do meu quarto. Hoje é o dia da mudança. Que chatice.

Me levanto e vou em direção ao banheiro para fazer minhas necessidades básicas. Escovo o dente, tomo um banho, troco de roupa e desço até a sala. Tão chato.

- Bom dia, mamãe.

- Bom dia. - Minha mãe responde.

- Você viu meu colar?

- Não.

Eu suspiro em resposta, sentindo meu corpo ansioso.

- Tente se lembrar do último lugar em que você esteve com ele, pode ter caído em algum canto. - Minha mãe me olha rapidamente, mas logo voltando sua atenção para as caixas surradas e vazias da mudança, empacotando cada uma.

- Sim, tem razão... - minha mente fica tensa. Pego a torrada que estava no prato acima da mesa e ando até o meu quarto.

Eu procuro em todos os lugares que me recordava estar antes de perdê-lo. Onde está? eu estava com ele ontem, eu não posso perder esse colar!

Me abaixo para ver debaixo da cama. Nada.
Olhei em volta do meu quarto. Nada também. Embaixo de algum tapete? Não, não tem nada.

- Não, não... isso não pode estar acontecendo.
Cadê? - Estava entrando em desespero, mas abruptamente isso se dissipa, pois ouço minha mãe me chamar.

- Lisie! Onde você está? Venha fazer algo útil e me ajude com as caixas! - Ela grita do andar de baixo com um tom raivoso. Ela deve estar estressada por conta da mudança.

Saio do meu quarto e desço as escadas, indo até ela. Pensamentos ainda pairavam por causa do meu colar perdido.

- Pegue algumas caixas aqui em baixo e vá para o porão empacotar o que resta. - Ela sinaliza com o dedo onde as caixas vazias estão, eu vou até lá e pego uma.

- Meu deus, Lisie. Faça isso mais rápido! Quero acabar logo com essa mudança.

Exalo profundamente o ar no objetivo de me acalmar e vou rapidamente até meu destino.

Estando à frente da porta, giro a maçaneta, fazendo o clássico barulho irritante de uma porta desgastada e velha ao abrir, vendo o breu causado pela escuridão do porão.

Raramente vou àquele lugar por conta de que sempre sinto calafrios e um sentimento estranho quando vejo seu interior. Passei o dedo no interruptor ao meu lado, ligando as luzes.

Um ar gélido passa sobre o meu corpo, como se tivesse algum tipo de ventania. Isso é estranho, não tem janelas aqui.

- Credo. - Franzi o cenho por um segundo.

Sem enrolação, desço as escadas. elas rangem, fazendo esse único som ecoar o porão inteiro. Não tinha muitas coisas para empacotar, apenas álbuns, algumas cadeiras não utilizadas e utensílios de limpeza. Seria rápido.

Fui em direção aos álbuns, era a última coisa que faltava, pois já havia arrumado o resto. Peguei uma caixa e agachei, ficando de frente para uma grande estante empoeirada.

Coloquei eles na caixa, mas algo me fez parar o processo. Um retrato quebrado chama a minha atenção, é de uma família, mais precisamente, a minha família.

- hã? O que isso está fazendo aqui? - Olho com mais detalhe, e então, bate uma grande saudade e tristeza em meu peito.

- O meu pai... ele está nesse retrato. Faz tantos anos desde que eu não vejo seu rosto, a única lembrança que tinha dele era o colar que acabei de perder. Por que isso está neste lugar? por que está quebrado?

Fico admirando aquele retrato, mistos de sentimentos nostálgicos e obscuros invadem meu corpo.

- Vou levá-lo comigo.

Me viro e guardo na caixa. Voltei à minha antiga posição novamente e avistei um pequeno objeto dourado que estava abaixo do quadro. Parecia um colar.

- O meu colar! - Falei surpresa e aliviada por tê-lo encontrado, porém, quando encostei no mesmo, senti um calafrio, como se algo estivesse avisando para sair dali o mais rápido possível. Eu ignorei. - por que diabos isso também está aqui? Será que minha mãe pegou e colocou aqui sem querer?

- Lisie, caramba! Onde está você? Você está socada nesse porão faz meia hora, não temos tanto tempo até o caminhão de mudança chegar! - Minha mãe grita irritada no cômodo de cima.

- Tudo bem, mamãe. Já estou quase terminando. - Indago, colocando o cordão em meu pescoço.

Já empacotei todos os instrumentos de limpeza e álbuns, só faltando 1.

Pego ele e vejo uma foto minha no colo do meu pai, uma emoção de conforto veio, dei um sorriso.

- Que saudades de você, papai.

Continuei observando cada imagem a partir de cada folha que virava. Todas eram de mim, minha mãe e meu pai.

Era confortável ver aquilo, no entanto, algo fez meu sorriso desaparecer abruptamente.

Minha mãe estava numa foto, ela estava sozinha, com manchas vermelhas em suas mãos e roupas. Mostrava um grande sorriso no rosto, mas a imagem não transmitia um sentimento feliz.

Assustada, guardei rapidamente o álbum e fechei todas as caixas, trazendo para a cozinha. Veria aquilo com mais atenção depois. Subi as escadas e parei o passo quando vi ela em minha frente

- Acabou? Vem, vamos. O caminhão chegou.

Não me atrevi a respondê-la. Ainda estava pávida com o que vi, então só a
segui.

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Oi, pessoas! esse não foi um capítulo muito longo, porém ainda estou em treinamento com essas coisas de fanfic😭 então perdão qualquer coisa.

espero que tenham gostado, obrigado por lerem! 🌷

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⏰ Última atualização: Nov 29, 2023 ⏰

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