The Game

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CAPÍTULO DOIS


POV:CARINA


Dizer que eu não estava eufórico seria uma grande mentira, enquanto Amélia nos levava até sua casa eu não parava de pensar, sobre como tudo havia mudado, aquela cidade não parecia a mesma de 5 anos atrás, ou eu não era a mesma pessoa, lembro -me claramente de quantas vezes fiz esse percurso para chegar até a casa de Amélia, sempre nos divertíamos juntas, ela era aquele tipo de amiga que topava tudo.


Tentei pensar nas coisas boas que levei comigo ao sair dessa cidade, mas de alguma forma eu procurei bloquear pensar naquela mulher. Não pude nem ser amiga dela, pois isso seria um tipo de traição com minha família, eu só não entendia o porquê.


"Terra chama Carina!", minha amiga falou me trazendo de volta para nossa conversa, "Carina!"


"Desculpe, o que estávamos falando?", eu ri


"Quero te levar no novo bar que abriu há alguns anos, é totalmente moderno", disse piscando um olho para mim


"Se abriu há alguns anos não tem nada de novo Amy", eu ri tirando sarro dela


"Você me prometeu uma noite das garotas e drinks, você não escapa Deluca", ela disse estacionando seu carro na garagem de casa, e quase não me dei conta que já estávamos tão perto de casa


" Va bene, va bene ", eu assenti saindo do carro tirando minhas malas


"Hospede por uma noite, vai ficar no meu quarto mesmo", ela disse enquanto entravamos em casa


Depois de me estabelecer, e tomar um banho bem demorado e relaxante, decidi abrir meus e-mails, meu maior medo naquele momento era ler algo "mudei de ideia, vocês têm apenas uma semana, Deluca volte agora", eu nunca saberia o que espere da minha chefe, mas torcia para que dessa vez ela tivesse juízo. Deslizando a barra de mensagens pude ver que havia apenas um, e era do meu chefe, mas para minha tranquilidade ele dizia:


"Espero que aproveite aproveitando as férias de mim, mas não se esqueça de estarei todos os dias puxando a orelha de vocês para não divagarem e esquecerem do real motivo dessas, férias sejam criativos".

-MONTGOMERIA


"Ufa", eu pensei alto assim que fechei o notebook.


"Ufa?", minha amiga curiosa certamente tinha ouvido


"Achei que meu chefe mudaria de ideia e me mandaria de volta agora mesmo para Londres"


"É você já disse que ela é meia maluquinha", rimos


Passava das 20h da noite quando Amélia e eu decidimos nos preparar para sair, vesti algo que chamasse atenção, afinal aquela cidade toda me consideraria assim que pusessem os olhos em mim, fiz uma maquiagem básica para noite, e escolhi um vestido preto que se acentuava bem na minha cintura, e a parte de baixo dele parecia um pouco com uma saia plissada. O tecido era de cetim ou ao menos algo que parecia muito com cetim. Sim isso chamaria atenção até indesejada, mas não quis pensar tanto sobre isso. Amélia também estava linda, com uma saia e meias calças combinadas com uma camisa branca.


Era exatamente 21h em ponto quando decidimos sair, o bar não ficou longe, levou apenas 10 minutos de carro. Quando vi a frente do bar pude entender o porquê do "moderno" que Amélia se referia. O bar era protegido para o público LGBTQI+ e todas as luzes externas apontavam para isso. Estacionamos e entramos sob muitos olhares de quem estava fora, mas assim que entramos esses olhares apenas aumentados, seguindo em direção ao balcão e logo dei de cara com Travis.


Love in ItalyOnde histórias criam vida. Descubra agora