Indara

13 1 0
                                    

O rei Adam estava sentado em seu assento na sala do trono, com um pergaminho aberto nas mãos. Levantou os olhos com o barulho na maçaneta da grande porta. A luz dura do sol deixava metade do seu rosto amarelo e se refletia no pergaminho, criando uma luminosidade difusa na outra metade. A sala, semivazia com suas paredes levemente descascadas e lustres velhos, estava mergulhada naquela contraluz dourada que fazia brilhar as partículas de poeira vindas de fora. O príncipe parou em frente ao rei, com o rosto pesado.

ー O que aconteceu? ー Perguntou o pai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ー O que aconteceu? ー Perguntou o pai. ー Que cara é essa?

ー Fui roubado. ー Disse o filho. ー Levaram o meu cavalo. Levaram Ero.

ー O quê? Como é? --- o rosto do rei revelava uma irritação.

ー Foram três moleques. Achei que um deles estava armado, não deu pra fazer nada... Eu sei que a culpa é minha.

Adam, que havia começado a se levantar, sentou novamente em seu trono. Passou a mão no rosto se acalmando.

ー Não é sua culpa. Isso é o resultado da nossa derrota. Eu posso perder a minha coroa...

Christopher se afastou aos poucos.

ー Eu não quero saber dos seus problemas. ー Disse o rapaz.

ー Eu digo que o reino está sob ameaça e que querem tomar o meu trono, e você simplesmente não quer saber dos meus problemas? Meus problemas? ー o rei voltava ao seu tom de voz furioso, que logo foi acalmado ao se passar uma ideia na sua mente.

ー Hoje é aniversário do Lino, príncipe herdeiro de Urodon. Você precisa ir nessa festa e prestar sua fidelidade.

ー Como eu vou prestar fidelidade ao filho de um cara que acabou com a minha família? ー Christopher não entendia a proposta do pai, que se manteve relutante.

ー Mantenha os seus amigos perto e os seus inimigos mais perto ainda. Você vai nessa festa e irá jurar fidelidade. Precisamos agir rápido!

Christopher se afastou de vez e foi para o seu quarto em silêncio. Antes de abrir a porta, olhou para um quadro da sua falecida mãe na parede ao longo do corredor, mergulhando numa nostalgia profunda. Fazia meses, quase um ano, que aquela rotina se repetia. A não ser nos poucos dias em que ele viajava pelos reinos.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acárdia Onde histórias criam vida. Descubra agora