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Prólogo“Passear”

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Prólogo
“Passear”

Prólogo“Passear”

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Kate

Meu coração batia freneticamente contra o meu peito desenfreado, e eu sentia cada batimento cardíaco meu amolecendo meu corpo, como se me deixasse fraca, minhas pernas cessaram por um minuto, mas eu não parei de correr até que estivesse longe o suficiente de suas mãos. Tão apertadas que me sufocavam quando chegavam perto do meu rosto para tampar minha boca. Meus músculos corporais iludiam cada centímetro das minhas veias, causando pânico em minha mente, que por consequência da solidão em minha casa, ficou alerta assim que ouviu seus passos firmes dentre os corredores da residência. Seu assobio me deu arrepios, sua respiração forte aparentemente ficou perto dos meus ouvidos.

── Kate...── os pelos de minha nuca rapidamente eriçaram. A voz dele estava perto de onde eu havia me escondido.

Dessa vez, não teria escapatória. O meu pesadelo sem fim começou novamente.

[...]

Acordei com o som do despertador tocando no fundo dos meus tímpanos. Eu conseguia sentir o barulho irritante ecoando longínquo em meu cérebro. Abri os olhos devagar na tentativa falha de me acostumar com os raios de sol que entravam pela janela do meu quarto de hotel iluminando todo o cômodo. Mais um dia para enfrentar, de novo...

Suspiro profundamente em completo tédio e coloco a mão abaixo da cama tendo meus dedos lambuzados pela língua da minha Husky Siberiana.

── Vamos, Skye. Já é hora do seu passeio, anime-se. ── levantei lhe fazendo um cafuné no canto da orelha. Ela latiu alto em resposta. ── Levantar. ── fiz sinal com as mãos para cima e ela me seguiu até o closet do quarto.

Fechei as janelas pois não sou muito fã da radiação solar. Separei uma roupa e sua coleira de passeio matinal. Um conjunto preto de moletom. Mesmo com todo esse dia iluminado ainda está frio do lado e com cara de temporal chuvoso. Algumas nuvens cinzas estavam perto o bastante para que eu sentisse o ar fresco emanando do vidro da janela aberta.

Caminhei para o banheiro, deixando as pantufas rosas confortáveis no tapete do mesmo, encarei-me no espelho e me lembrei das minhas cicatrizes. Aprendi a amá-las com o tempo, assim que me tornei a Modelo internacional mais aclamada e ganhei dois prêmios desfilando como Anjo da Vitoria Secrets, graças ao patrocínio de Secret Garden.

Se não fosse pela minha melhor amiga e também, pilastra emocional, Zoe Lightmore, eu não teria superado pelo menos um pouco de tudo oque me ocorreu na infância. A morte do meu pai só foi mais um motivo para eu me afastar dos meus familiares tóxicos e interesseiros. Maxuel Kennedy merecia algo melhor do que um acidente de carro trágico. Um dos fatores que odiei, depois da minha existência patética.

Continuo tentando me mover lentamente na direção da luz e do perdão, mas esses tipos de casos não deveriam ser considerados irrelevantes por suas vítimas. Tudo se tratava de uma infraestrutura. Uma justiça estampada por um falso dilema jurídico. O brasil não era o único continente estadual no mundo a ter suas leis falhas. Mas, isso é uma história para outro dia.

Fiz minhas higienes e terminei meu banho de 20 minutos, após lavar o cabelo, resolvi fazer uma trança básica, levando as duas mechas da frente da minha testa para trás e as amarrando com elásticos coloridos. Coloquei a roupa que havia separado e a coleira condecorada com o nome de Skye em seu pescoço e alisei seus pelos brancos.

Fui para o quarto de Astrid no final do quinto corredor. Era um apartamento enorme pra quem só tinha duas pessoas de quem eu precisava cuidar. Abri a porta e cutuquei seu ombro. Ela piscou três vezes antes de sorrir e bocejar com preguiça evidente nos olhos.

── Vou levá-la para passear, cuide de fazer o café da manhã. Quero comer panquecas quando voltar. ── avisei e apontei para Skye que latiu mais alto.

Ela concordou com a cabeça, coloquei meus óculos escuros e peguei na aresta da coleira. Levei-a para fora do quarto e descemos a escadaria juntas. Peguei uma garrafa de água da geladeira e um trocado para comprar meu Starbucks de chocolate com chantilli e vestígios de flocos com mel. Tranquei o apartamento passando a chave por debaixo da porta.

STARBUCKS

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STARBUCKS

Deixei Skye amarrada no poste, com sua coleira super resistente, acho difícil que alguém conseguisse tirá-la de lá, e mais difícil ainda alguém aprontar um roubo em um lugar tão calmo e tranquilo como esse no qual eu morava.

Eram raros os casos. Sem contar que, muito poucos acontecimentos se passaram. Ninguém nunca reclamou demais por estar aqui. E, mesmo se fizessem, seria uma completa mentira forçada sobre tais efeitos.

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⏰ Última atualização: Apr 18 ⏰

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