Declaração de amor

9 1 2
                                    

Passei anos crendo na morte como golpe de sorte
Me lancei nessa direção vez ou outra
Mas a terra me cuspia do útero
Esforço inútil
A morte como apogeu do ser humano ? Engano
Como crer nisso com a brisa das folhas, com o cheiro do café ?
Com a sua fé
O arco-íris na sua íris
Sua luz e ternura
E os anos que passei crendo na vida como fel ?
Lanço ao céu, ao chão
Tanto faz, tiro o peso dos meus ombros
Não sou mais Atlas, basta !
Talvez viver seja sofrer, e a realidade incerta
Mas devemos errar enquanto a porta está aberta
Me amo limitadamente, te amo infinitamente
Sou ser humano ! Uma ode a existência!
Quero cada gota de sangue e suor
Cada gemido de dor, prazer ou pranto
Cada fracasso, cada engano
Quero ser humano.

O que há quando não há nada ? Onde histórias criam vida. Descubra agora