CAPÍTULO DOIS

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Barcode pov

Passo a maior parte da manhã sentado no sofá encarando minhas malas pensando em como tudo vai mudar agora, afinal não é só um novo emprego, será meio que um estilo de vida. A vida que eu conheço como minha agora pertence a outra pessoa.

Jeff Satur.

Escuto batidas na minha porta e me levanto indo até ela e a abrindo vendo o homem da noite anterior.

— Como vai? não me apresentei devidamente ontem à noite, sou Jimmy. — Ele estende a mão e eu olho para ele sério — nada de aperto de mão? tudo bem — ele entra em meu apartamento e olha em volta — é um apartamento bonito — ele se vira para mim e anda até as malas as pegando, cada uma em uma mão — tranque tudo, te espero lá embaixo. — Ele passa por mim e desce as escadas.

Suspiro e olho meu apartamento uma última vez me despedindo do meu eu que ali vivia e trancando a porta e descendo as escadas dando de cara com Jimmy encostado no carro preto olhando o celular.

— Pode escolher se quer ir na frente ou atrás - ele dá a volta e entra no lugar do motorista e eu olho o carro e abro a porta da frente me sentando ao seu lado. — Eu não sei o seu nome ainda, e vamos trabalhar juntos, não quer me dizer pra ficar mais fácil se eu precisar de procurar? — o olho de canto e coloco o cinto de segurança.

— Barcode — respondo e ele faz uma cara pensativa.

— vou te dar um apelido okay? — antes de eu sequer responder ele volta a falar — não tem direito de não querer o apelido, antes de falar algo, eu sempre dou apelidos para as pessoas — ele sorri — já sei, vou te chamar de barrinha — franzo o cenho — é, combina com você — ele liga o carro e começa a dirigir e eu me mantenho calado enquanto passamos pelas ruas de Bangkok e logo seguimos para um grande complexo onde suponho ser o complexo Satur.

— É bonito — murmuro e Jimmy sorri.

— Todos gostam daqui — ele segue reto e então estaciona o carro e saímos do mesmo em seguida. Fico parado encarando a entrada onde dois seguranças ficavam, um de cada lado da porta e Jimmy dá a volta e pega minhas malas. — Escuta, vou levar suas coisas pro seu quarto e já tem alguém que está te esperando no hall para te apresentar o lugar e te levar até a sala do Saturno — o olho e ele ri — eu disse que sempre dou apelidos para as pessoas. — Ele começa a andar para dentro e eu o sigo parando no hall.

— Ah esse é o novato? — outro cara se aproxima sorrindo para mim.

Ele parece ser legal.

— Esse é o barrinha — olho feio para Jimmy — apresenta o lugar, vou deixar isso no quarto dele — ele sai e eu me viro para o homem a minha frente.

— Sou o Sea — ele se aproxima — não precisa ficar intimidado com o lance da máfia, o lugar é ótimo e eu e o resto das pessoas não somos tão ruins — ele sorri — como se chama? — pergunta.

— Barcode — respondo e ele sorri amigável.

— Posso te chamar de Code? — levanta uma sobrancelha e eu sorrio

— Pode — afirmo — você e ele são bem diferentes. — Falo tentando descontrair.

— é, pode ser isso que nos atrai um para o outro e que nos faz dar tão certo um com o outro — ele sorri fraco — Jimmy tem um bom coração, ele só gosta de implicar com as pessoas. — Sea me abraça de lado — vou te apresentar o lugar — ele diz entusiasmado e eu sorrio.

Acho que seremos bons amigos.

(...)

— E mais a frente, é a ala de quartos, o do Jimmy é ali atrás, o único longe dessa parte. — ele aponta para uma porta atrás de nós — O meu é o primeiro, depois vem o do Nakunta e depois o seu — Sea me explica enquanto aponta para as outras portas.

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐄𝐅𝐅𝐂𝐎𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||Onde histórias criam vida. Descubra agora