capítulo dois - o encontro

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Quando Leon  chegou ao restaurante teve a mesma sensação que Vilu, com se já tivesse estado ali mas sabia que não era possível, já que nunca tinha viajado para Argentina. 
Havia acabado de se mudar para Buenos Aires, passou a sentir que sua vida no México já não teria mais nada de relevante para fazer. Havia terminado um noivado de cinco anos, na empresa onde trabalhava já não havia mais oportunidade de crescimento e sua família não era lá a melhor do mundo. 
Ele se decidiu por Buenos Aires quando se lembrou de uma casa que sua família vinha herdando a gerações, mas que ninguém nunca havia morado lá. Esquecida por todos, apenas lembradas nas histórias de dormir que seu avó contava quando ainda era pequeno. Se lembra de que a casa pertenceu a antepassado seu que ninguém sabia direito a história. 
Leon despertou de seus pensamentos quando um par de olhos castanhos estavam o encarando. 

- Leon? 

- Isso, sou eu. E você deve ser a Violetta!? 

- Sim, mas por favor, só Vilu. 

Os dois sorriram e Leon se ergueu para cumprimentar a moça com um beijo no rosto e logo se acomodaram um de frente para o outro, logo  um garçom se aproximou da mesa para anotar os pedidos e quando o mesmo se afastou ambos não sabiam por onde começar. 

- Bom, eu achei essas cartas guardadas no banco do meu piano, só descobri recentemente que na verdade é um baú. São cartas bem antigas, destinadas a uma tal de Francesca e foram escritas por um homem chamado Diego. Entre elas havia apenas uma carta que foi essa mulher quem escreveu, acredito que pelo conteúdo ela decidiu não enviar. 

- E eu encontrei cartas destinadas a esse homem e escritas por essa mesma mulher. Diego, se não me engano foi o primeiro Vargas a chegar no México, é um antepassado meu. Pelo menos era o esse nome que meu avô falava. A casa onde vivo pertencia a ele. Mesmo depois de ter ido embora ele nunca se desfez dela e acabou ficando na família, passando de geração para geração e ninguém nunca quis. Minha avó dizia que o sonho dele era voltar para ela, por isso nunca se desfez. 

- A casa onde moro também é de uma antepassada minha, minha mãe nasceu lá mas quando completou quatro anos meu avô precisou vender para pagar o tratamento da minha avó. Anos depois meus pais a compraram de volta, minha mãe sempre quis voltar. 

Continuaram conversando até que seus pratos chegaram interrompendo a história que começava a tomar forma mas ainda sim, longe de terminar. 

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⏰ Última atualização: Dec 01, 2023 ⏰

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