No dia seguinte, logo que amanheceu, a curandeira do clã foi até Pata Fantasma e guiou ela até a toca dos curandeiros, onde Coração Selvagem estava quase recuperada de seus ferimentos.
A curandeira de pelagem atartarugada de um marrom claro e outro tom avermelhado manteve uma expressão séria e impassível, quando Pata Fantasma se aproximou da mãe com lágrimas no olhar.
- Ah...Pata Fantasma.....é bom te ver.... - a guerreira miou com uma fraqueza que assustou a jovem aprendiz
- Como eu creio que Cauda Manchada miou a você, ela ainda não está totalmente recuperada, então é normal a fraqueza dela - o aprendiz de pelos cinza-azulados miou ao ver a conversa das duas
-....Cauda Manchada?....é a curandeira?.... - Pata Fantasma perguntou afinal a velha gata não havia se apresentado
O outro aprendiz concordou e lançou um olhar frio para a mentora, que apenas o mandou cuidar de outro guerreiro doente.
- ...Pata Fantasma.... - Coração Selvagem miou tocando o focinho no ombro da aprendiz - ....Estrela Nublada miou para mim que você foi salva por uma isolada....é verdade?...
- .....é verdade mãe...mas eu juro que ela não me feriu!.... - Pata Fantasma se apressou a defender a irmã
Coração Selvagem olhou com bondade para a filha, ela sabia que a isolada era Corvo, afinal, que outro isolado teria salvo a aprendiz?
Elas conversaram sobre mais coisas que não merecem sua atenção.....
Na toca além delas haviam vários guerreiros, mas também havia uma jovem rainha, que a aprendiz não conhecia, ao lado da gata estava a curandeira e um antigo isolado, que havia conhecido Pata Fantasma a algum tempo e se afeiçoado a ela, pois os dois haviam sido isolados antes de entrarem no Clã do Rio.
Pata Fantasma olhava para eles com curiosidade, afinal pareciam uma família de verdade.....uma família unida.
Pata Fantasma se despediu da mãe, após passar na pilha de presas e comer um esquilo voltou para a toca dos aprendizes.
