A continuação de dores na alma são perigosas

William visita o túmulo do Geraldo, e o perdoa por tudo

E no dia seguinte daquela terça-feira...

Haviam coisas que ficaram pendentes na relação conturbada entre o Geraldo, e o William. 

É claro que o William finalmente estava em paz consigo mesmo, mas ainda faltava uma coisa importante para ser feita, e que não poderia ficar pra depois. 

William precisava perdoar o próprio primo por tudo que ele havia feito no passado. Então o jovem empresário se despediu da Irene dizendo que iria para a empresa, mas ele fez um caminho diferente com o Jaime. Eles foram para uma floricultura e ele comprou um lindo buquê de flores brancas em sinal de paz, para colocar no túmulo do Geraldo. 

Então, depois que aquelas flores foram compradas, William dispensou o Jaime dizendo: 

 William: Pode ir Jaime, eu quero ir a pé hoje ok?

Jaime: Bom, se o senhor insiste... mas qualquer coisa me liga ok patrão?

William: Ok, obrigado, eu vou ligar sim, porque eu ainda tenho que ir pra empresa hoje, mas só posso ir depois que eu resolver esse assunto importante pra mim

 Jaime: Bom, tudo bem, boa sorte.

William: Obrigado Jaime, mas não fique esperando por uma ligação minha ok? Porque talvez eu decida ir de táxi pra lá. 

  Jaime: Certo tudo bem. 

Assim que o Jaime se retirou com a limusine, William foi pro cemitério, e no caminho ele pensava consigo mesmo:

Pensamentos de William: "Eu sei que o que eu estou fazendo é o certo..." 

William entrou no cemitério, e buscou o lugar onde o Geraldo havia sido enterrado, e quando ele encontrou aquele lugar, ele se benzeu e disse: 

William: E aí Geraldo? Como você está? Olha, até que eu vou bem pra alguém que teve durante um bom tempo uma bala alojada no corpo... – ele respira fundo – Com certeza se você estivesse vivo agora, você me receberia com deboche dizendo "Ora ora ora se não é o meu priminho ridículo, bancando o bonzinho, pra aparecer" é, eu não vim aqui bancar o bonzinho como você me diria se me visse agora, porque te trouxe essas rosas brancas em sinal de paz Geraldo. Eu quero de verdade que a sua alma tenha tido salvação, porque às vezes eu me pego pensando em você, e fico triste em saber que a nossa amizade não era verdadeira pela a sua parte...

Algumas lágrimas começam a cair dos olhos de William, e ele diz: 

William: Eu sempre quis saber perdoar, sempre quis aprender que pra pessoa seguir em frente, ela tem que deixar o passado para trás, mesmo que eu não acreditasse que algum dia eu iria conseguir perdoar ao meu algoz, pra mim dar o meu perdão era algo muito impossível de se acontecer...

William estava desabafando tudo o que ele estava sentindo naquele momento 

William: Sabe Geraldo? Às vezes por mais que a pessoa mude em palavras, atitudes, e ações, o que ela fez anteriormente nos faz sempre duvidar, mas eu teria acreditado em você, eu teria acreditado em tudo o que você fosse me dizer, porque eu nunca quis que tudo acabasse do jeito que acabou entre nós dois. Você sempre me disse que me considerava como um irmão pra você, mas não poupou esforços para tentar acabar com a minha vida, e o irônico de tudo isso é que eu ainda me sinto mal por você ter acabado do jeito que acabou. E não, eu não estou aqui pra tentar fazer uma ceninha do jeito que com certeza você me diria agora, eu não quero fazer uma cena diante de todos e de você, só pra tentar provar que eu sou uma pessoa boa, e sabe o que mais me magoa? Você teve todas as oportunidades para ter feito a coisa certa Geraldo, mas você infelizmente só se importou com o seu próprio bem-estar. As suas prioridades eram muito diferentes e eram cheias de egoísmo, nós dois poderíamos ter tido tudo, só que a palavra quase não deixou, mas...